Condenado por roubo de R$ 400 mil em joias foi reconhecido por foto postada em rede social

Do G1 MT

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) manteve a condenação de Francisco Wemerson da Silva Sousa, de 22 anos, preso por participação em um roubo de R$ 400 mil em joias em Confresa, em junho de 2015. Ele foi reconhecido pela vítima por meio de uma foto postada na página dele, em uma rede social, e a prova foi usada pelo Ministério Público (MP-MT) no processo criminal.

A decisão é do dia 15 de agosto deste ano e foi proferida, por unanimidade, pela Primeira Câmara Criminal do TJMT. No recurso, a defesa de Francisco alegou que a identificação dele como autor do crime não poderia ter sido feito por foto e três dias depois do fato, como ocorreu.

Para o relator do recurso, desembargador Orlando de Almeida Perri, não há o que se falar em nulidade do reconhecimento fotográfico feito pela vítima, se ela confirmou a identidade do acusado em juízo. Além disso, outras provas juntadas no processo confirmam a ligação de Francisco com as duas comparsas também condenadas pelo crime e a participação dele no fato, de acordo com o desembargador.

Além deste argumento, a defesa pediu pela alteração da pena de Francisco para regime mais brando que o fixado pelo juiz 1º grau. O réu acabou tendo o recurso parcialmente provido, passando da pena de sete anos e seis meses de prisão para cinco anos e 11 meses de prisão, em regime inicialmente fechado.

Roubo

O assalto ocorreu no dia 13 de junho de 2015, dentro de um hotel em Confresa. Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público, duas mulheres se passaram por clientes de uma vendedora de joias e ajudaram Francisco e mais um suspeito a praticarem o assalto, à mão armada. Eles invadiram o hotel e roubaram o mostruário de joias da vendedora, nada mais levando do estabelecimento.

Segundo testemunhas, Francisco Wemerson utilizou, no assalto, uma moto vermelha com placas de Redenção, no Pará. Durante as investigações, a equipe da Polícia Civil acessou o perfil do suspeito na rede social por meio dos amigos de uma das acusadas participar do assalto. A polícia, então, localizou uma foto em que o réu aparecia de pé, próximo à motocicleta utilizada no assalto.

O veículo, segundo consta nos autos, estava registrado em nome da irmã de uma das condenadas de participação no crime, cujo endereço residencial fornecido em seu interrogatório era idêntico ao endereço cadastral do veículo.

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