Documentário da UFMT de Barra do Garçs é premiado no Festival Latino-Americano de Cinema Ambiental

ASCOM – Núcleo de Produção Digital – NPD

O documentário Xavante: Memória, Cultura e Resistência (29 min) realizado pelo Núcleo de Produção Digital da UFMT, câmpus Araguaia, foi premiado em três diferentes categorias na 15ª edição do Cineamazônia – Festival Latino-Americano de Cinema Ambiental, de 17 a 21 deste mês, na cidade de Porto Velho (RO). O festival tem o objetivo principal de unir cinema e natureza, utilizando a sétima arte para difundir a mensagem de sustentabilidade, respeito à natureza e à tradição dos povos que dela dependem.

O filme entrou na competição para curtas-metragens e foi vencedor nas categorias de melhor documentário, melhor trilha sonora e melhor montagem. Dos cerca de 50 filmes selecionados para o festival, o júri considerou que o documentário produzido em Barra do Garças (MT) apresenta uma narrativa envolvente, que revela a sonoridade da tradição indígena sob a perspectiva do presente, e conduz o espectador à uma viagem de descoberta da cultura de um povo.

O documentário, que foi finalizado em 2015, tem consolidado uma importante trajetória ao participar de diversas mostras e festivais no Brasil e no exterior. Neste mês, o filme também foi exibido no Festival Internacional de Cinema e Vídeo Alternativo Comunitário Ojo al Sancocho, emBogotá, na Colômbia, e no Festival Internacional de Cinema Indígena de Wallmapu(FICWALLMAPU), em Temuco, no Chile. Em abril deste ano, recebeu o prêmio de melhor pesquisa na Mostra SESC de Cinema de Mato Grosso e no mês de maio foi exibido na Mostra Latitude 15 de filmes mato-grossenses, em Cuiabá.

Realizada em parceria com os indígenas da etnia Xavante da aldeia Namunkurá, no município de Barra do Garças, a obra apresenta dois importantes rituais presentes na cultura do povo Xavante. O primeiro é o ritual Wapté Mnhõhõ, que marca a passagem do jovem Xavante para a vida adulta; o segundo é o Wai’á rini (Darini), um rito espiritual que envolve o sacrifício do corpo para obter o poder da cura.

Para o diretor do filme, professor Gilson Costa, na atual conjuntura de ataques sistemáticos aos direitos dos povos indígenas, este prêmio é de grande relevância.“O filme foi construído coletivamente. Além da equipe da UFMT, contou com a participação de professores indígenas, anciãos e jovens que participaram de uma oficina de formação audiovisual na aldeia”, relata o professor.

O projeto teve o apoio da Pró-Reitoria de Extensão da UFMT, da Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso, através do Prêmio Tradições/MT, e foi gerido por uma ação de extensão desenvolvida pelo Núcleo de Produção Digital, câmpus Araguaia.

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