Jovem convida colega para encontro, mata e filma crime

Do G1

A Polícia investiga o assassinato de um jovem de 19 anos morto a tiros após receber uma ligação telefônica e ter ido ao encontro de um amigo na cidade de Sobral, interior do Ceará. Os tiros foram filmados pelos suspeitos, desde o momento em que a vítima chega para falar com o colega. Para familiares, o crime foi uma “cilada”.

Segundo o delegado Paulo Castro, do Núcleo de Homicídios da Polícia Civil de Sobral, a principal suspeita da polícia é de que o jovem tenha sido levado para o local do crime após receber a ligação. A Polícia Civil investiga se os tiros que atingiram a vítima foram disparados pelo próprio amigo ou por outro envolvido. “Tudo está encaminhando para que ele tenha recebido uma ligação e foi levado até o local onde ele foi executado. A ligação foi feita por essa pessoa conhecida dele. A gente está investigando agora para saber quem executou”, comentou o delegado.

Felipe dos Santos trabalhava como jovem aprendiz em uma empresa de calçados em Sobral. O jovem chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu.

A tia de Felipe, a dona de casa Claudilene Barbosa, disse que o jovem estava em casa quando recebeu a ligação. Ela conta que o jovem fez uma ligação depois de ter sido baleado. “Ele ligou dizendo que foi uma cilada.”

“Ninguém suporta ver a covardia que fizeram com o Felipe. Ele chega pra falar com o amigo e já se depara com os tiros. Quando a bala pega nele, eles deram outro tiro nas costas. Ele era um menino muito bom, eu quero justiça”, desabafou a tia do jovem, ainda emocionada.

“Eles interromperam a vida do Felipe. Não sei até quando vou ficar com esse vazio no meu peito”, disse Claudilene.

Paulo Castro acrescentou que a vítima, identificada como Felipe dos Santos, 19 anos, não possuía passagens pela polícia. Ainda assim, o crime pode ter relação com disputas entre facções criminosas, segundo o delegado. “O próprio fato de ele ser amigo de uma pessoa que se tornou inimigo de uma outra pessoa pode resultar na morte dele. É como se fosse uma forma de mandar uma mensagem para essa terceira pessoa.”