Após serem autuados, jornalistas são soltos para responder em liberdade
Os jornalistas Pedro Ribeiro e Laerte Lannes, detidos desde a manhã desta quarta-feira acusados de extorsão ao conselheiro do Tribunal de Contas Antônio Joaquim foram soltos nesta quinta-feira (1º). Ambos irão responder pelo crime em liberdade.
De acordo com a assessoria de imprensa da Corregedoria Geral de Justiça, os comunicadores foram autuados no artigo 158 (Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa), por ser constatado que houve indícios e a materialidade do crime.
Durante esta tarde, os jornalistas participaram de uma audiência de custódia. O juiz Marcos Faleiros concedeu a Pedro e Laerte o direito de responder o inquérito em liberdade por serem réus primários.
Os jornalistas ainda se comprometeram, perante ao magistrado, que irão comparecer a todas as fases do processo. O caso foi transferido para o Ministério Público, que irá determinar se a dupla será denunciada ou não.
EXTORSÃO
Pedro Ribeiro e Laerte Lannes foram flagrados recebendo dois cheques de R$ 10 mil. A negociação foi feita com o advogado do conselheiro, José Antônio Rosa.
Um vídeo gravado no escritório do advogado mostra o momento em que os jornalistas tentaram a extorsão. Caso ambos sejam condenados, podem pegar de 4 a 10 anos de detenção.
Após a prisão dos jornalistas, o advogado afirmou que irá processá-los junto com o médico Alonso Alves Filho. Segundo José Rosa, o médico pagou Pedro e Laerte para publicar matérias ofensivas ao conselheiro nos jornais “Página 12” e “O Mato Grosso”.
Alonso e Antonio Joaquim travam uma disputa judicial por conta de uma área rural em Nossa Senhora do Livramento. Constantemente, eles trocam ataques na imprensa por conta do processo. (Folhamax)