Invasores de terra contavam com segurança armada em Vila Rica

Seis pessoas foram presas por crimes de invasão de terras, associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo, dano qualificado e furto qualificado. A operação “Desarme” foi realizada no final de semana, em uma fazenda no município de Vila Rica, pela Polícia Judiciária Civil. Entre os presos estão três policiais militares da reserva, que davam proteção armada aos invasores.
O delegado Gutemberg de Lucena disse que uma denúncia desencadeiou a operação. Conforme Lucena, 40 pessoas invadiram a propriedade rural arrendada para criação de gado, forçando o arrendatário a retirar o gado do local e estavam causando danos e subtraindo bens da propriedade, dentre estes um trator.
“Pelas informações duas pessoas do estado de Goiás arregimentaram pessoas de Goiás e na cidade de Confresa para promover a invasão no intuito de tomar posse da Fazenda Agropol, expulsando o arrendatário e contavam com o apoio dos policiais militares da reserva que, armados, faziam uma espécie de segurança contra eventual reação dos reais proprietários da terra”, disse.
 A denúncia foi averiguada pela equipe da Polícia Civil de Vila Rica, comandada pelo delegado Gutemberg de Lucena, com apoio da Delegacia de Polícia de Confresa, comandada pelo delegado André Rigonato e apoio da Força Tática da Polícia Militar
Na fazenda, os policiais se depararam com os posseiros e os militares da reserva fazendo a proteção da área. Foram encontradas duas espingardas, calibre 32 e munições, além de um revólver calibre 38, na posse de um dos militares.
“A ação ocorreu sem violência e os posseiros foram orientados a procurar seus direitos pela via judicial, tendo alguns deles permanecido acampados próximos a fazenda”, declarou o delegado.
Os presos foram autuados na delegacia de Polícia de Vila Rica e os policiais militares da reserva encontram-se presos na Companhia da Polícia Militar de Vila Rica.
As investigações prosseguem. A Polícia Civil ainda irá  ouvir os responsáveis por arregimentar os posseiros e contratar os militares da reserva para invadir a propriedade rural.