Municípios do Araguaia estão entre os que mais desmatam em Mato Grosso

O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), desenvolvido pelo Imazon detectou 230 km² de desmatamento na Amazônia Legal em outubro de 2015.

Mato Grosso foi o líder do desmatamento ficou em primeiro lugar com 29%, seguido de Rondônia (26%), Pará (24%), e Amazonas (16%), com menor ocorrência no Roraima (2%).

Segundo dados do SAD, o desmatamento em Mato Groso nos meses de agosto a outubro de 2015 teve um crescimento de 309 desmatamentos, comparado ao ano anterior que foi de 277. Isto quer dizer que teve um teve um aumento de 11% de florestas degradadas pelas atividades madeireiras ou queimadas.

A maior parte (91%) ocorreu em Mato Grosso, em propriedades privadas. Além disso, o restante do desmatamento foi registrado em assentamentos de reforma agrária (19%), unidades de conservação (8%) e terras indígenas (1%). Outra constatação foi que a ilegalidade continua em alta.

Entre os municípios que mais desmataram no período estão: Querência, na região nordeste do Estado, com 26,9 km², seguido de Colniza, na região noroeste do Estado, com 8,1 Km². Cotriguaçu, Nova Bandeirantes, Aripuanã, Peixoto de Azevedo, Apiacás, Marcelândia, Matupá, Paranaíta e São Félix do Araguaia são os outros nove municípios que lideraram o desmatamento.

A situação é particularmente crítica na bacia do rio Teles Pires, onde o desmatamento atingiu 25% do seu território. Além disso, essa bacia é muito vulnerável a novos desmatamentos por ter apenas 9% do seu território protegido como Terras Indígenas e Unidades de Conservação.

As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 1,9 Km² em outubro de 2015. Em relação a outubro de 2014 houve um aumento de 115%, quando a degradação florestal somou 468 quilômetros quadrados. (Agência da Notícia)