Crescimento provoca desmatamento, degradação e conflitos na região Norte Araguaia
A região Araguaia Xingu, também conhecida como Norte Araguaia, foi incorporada à sociedade nacional na segunda metade do século passado, devido a emigração espontânea de posseiros que atravessavam o Araguaia em busca de novas terras.
Mais tarde, políticas de colonização oficiais reconfiguraram o perfil da região, originalmente habitada por índios de várias etnias, foi tomada por imigrantes. Esse processo trouxe o desenvolvimento em algumas áreas, mas também criaram diversos conflitos, como o de terras, o desmatamento e degradação florestal.
Como em outros lugares o principal fator do desmatamento na região Norte Araguaia é o crescimento da agropecuária, que historicamente estruturou a economia da região. No entanto a região Araguaia Xingu, nos últimos anos despertou seu potencial agrícola. São mais de 6 milhões de cabeças de gado e mais de 1 milhão de hectares destinados para a agricultura, principalmente para a soja.
A ocupação e o crescimento da região norte Araguaia trouxe também alguns números que não são nada agradáveis. O desmatamento está na casa dos 42% de sua área total, degradação florestal por queimadas e o uso de agrotóxicos que ameaçam os recursos hídricos da região.
Outro impacto causado pelo crescimento da região são os conflitos de terras entre fundiários e indígenas da região. Além de 22,328 mil assentados ocuparem a mesma área que as 212 maiores fazendas do Norte Araguaia.
O crescimento não pode parar, mas uma cultura de preservação e harmonia deve ser aplicada aos agricultores, pecuaristas e moradores da região. A região Araguaia Xingu é uma das mais ricas do estado e precisa ser preservada. (Agência da Notícia)