Deputados apontam excesso e pedem afastamento do promotor Marcos Brant

O deputado estadual Max Russi (PSB) condenou nesta quarta (9) a ação realizada pelo Gaeco (Grupo de Ação e Combate ao Crime Organizado) na prefeitura de Barra do Garças na última semana. Na ocasião, o órgão vinculado ao Ministério Público deflagrou a operação “Caça Fantasmas”, que apura a contratação de servidores fantasmas no município.

De acordo com Max, a operação foi motivada por uma “briga pessoal” do promotor Marcos Brant (foto) com o prefeito Roberto Farias (PMDB). “Conheço o Roberto e sei que ele é uma pessoa trabalhadora, que está realizando um grande trabalho. Mas existe uma perseguição pessoal do promotor local com a atual administração”, declarou o deputado socialista.

Para o parlamentar, a ação realizada na prefeitura foi excessiva. Ele citou que os servidores públicos ficaram assustados com a presença de mais de 50 agentes armados na sede da prefeitura da principal cidade do Araguaia.

Max citou que existiam outras formas de se checar as denúncias de funcionários fantasmas. “Hoje se tem condições de fazer este acompanhamento com uma consulta ao sistema Aplic, ou de outra forma menos traumática”, assinalou.

Ele informou que levará ao conhecimento do procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, para que se tome alguma providência, inclusive a transferência ou afastamento de Marcos Brant. Além disso, a conduta do promotor será relatada. “Sei que este senhor também causou problemas semelhantes em outros municípios por onde passou”, frisou.

O posicionamento de Russi foi compartilhado pelo deputado José Domingos Fraga (PSD). Ele citou que no período em que Brant passou por Sorriso, provocou insegurança e levou a ingovernabilidade ao município. “Ele se sentia acima do prefeito e do poder legislativo, usando ainda um instrumento muito forte, que era uma rádio da cidade”, relatou.

José Domingos contou que a perseguição só acabou após o prefeito à época reagir a perseguição também pelos veículos de comunicação. “Eu não quero aqui falar do Ministério Público, mas existem alguns membros que se excedem. E esse promotor Brant é um deles”, disse. (Folhamax)