Delegacias da Mulher são referências para vítimas de violência doméstica

As seis Delegacias Especializadas de Defesa da Mulher da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso dobraram a instauração de inquéritos em proteção as vítimas de violência doméstica e punição aos seus agressores. As unidades servem como base de apoio às vítimas e exercem papel importante no momento que a mulher decide denunciar.

Em 2015, as unidades de Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, Rondonópolis, Barra do Garças e Tangará da Serra instauraram 6.340 inquéritos e concluíram 5.934 dos casos. No ano de 2014, foram 3.932 inquéritos instaurados e 3.162 relatados às Varas de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do Poder Judiciário.

Também foram presos 1.511 agressores denunciados por suas companheiras e ainda homens acusados de estupros, sem vínculo afetivo com as vítimas. Boa parte das prisões se deu no ato da violência, em flagrantes da Polícia Militar, e outros presos em decorrência de mandados de prisão expedidos pela Justiça nas investigações.

Todos os presos foram indiciados em inquéritos policiais por crimes como ameaça, lesão corporal, e crimes contra a honra (injuria, calunia e difamação), além dos casos de estupro e estupro de vulnerável no âmbito da Lei Maria da Penha (11.340/2006). No ano de 2014 foram 1.197 homens presos por violência doméstica.

Medidas Protetivas

As seis Delegacias confeccionaram 2.940 medidas protetivas para pedir providências necessárias à Justiça, a fim de garantir amparo à vítima, no prazo de 48 horas.

Muitos dos casos de violência contra a mulher chegam à Delegacia pela própria vítima, que cansada da violência física, psicológica ou sexual vai até a unidade policial para registrar o boletim de ocorrência. “Nossa demanda é trazida pela própria vítima. Mas recebemos denúncias do disque 180, do 100, do 197 e de familiares. Essas denúncias que chegam por telefone, depois de uma triagem, chamamos a vítima na delegacia”, afirma a delegada de Várzea Grande, Ana Paula de Farias Campos. (Assessoria PC))