STF nega liberdade a Silval que continua com 2 prisões decretadas em MT

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin, negou liminar em habeas corpus ao ex-governador Silval Barbosa (PMDB). A decisão foi dada nesta segunda-feira, mas atualizada no sistema do STF apenas nesta terça (2).

O habeas corpus é referente a prisão preventiva decretada no âmbito da “Operação Sodoma”, deflagrada em setembro de 2015. Ontem, Silval teve mais um mandado de prisão cumprido, em decorrência da “Operação Seven”, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Ação e Combate ao Crime Organizado).

O pedido de habeas corpus foi protocolado no STF em 29 de dezembro. O presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandovski, chegou a analisar o caso durante o recesso, mas decidiu transferi-lo para Fachin, relator original do HC. Fachin já havia negado outro pedido de liberdade ao ex-governador.

Com a negativa, a situação do ex-governador fica cada vez mais complicada. Ontem, o advogado Ulisses Rabaneda reconheceu que a segunda prisão preventiva dificulta a busca dele pela liberdade. “Agora a defesa precisa revogar duas prisões. Não adianta revogar só uma”, disse o jurista ao deixar a audiência de instrução da “Operação Sodoma” na noite desta segunda-feira.

MARCEL

Outro que teve pedido de liberdade negado no STF foi o ex-secretário de Fazenda, Marcel de Cursi. A decisão também foi de Edson Fachin.

Marcel também está preso em decorrência da “Operação Sodoma”. Outro detido pelas fraudes em incentivos fiscais no Estado é o ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf.

OPERAÇÃO SODOMA

A operação investiga um esquema de “venda” de incentivos fiscais no Estado de Mato Grosso durante a gestão de Silval. De acordo com o delator, empresário João Batista Rosa, após ter suas empresas incluídas no Prodeic (Programa de Desenvolvimento Econômico) do Estado, agentes políticos pressionaram por recursos para custear despesas de campanha.

Ele citou que as “extorsões” seguiram mesmo após o final de gestão de Silval Barbosa. Sob alegação de fazer a defesa das empresas junto ao Cedem e a CPI da Assembleia Legislativa, ele repassou R$ 45 mil a Pedro Nadaf e Marcel de Cursi. (Folhamax)