Após inundação em motel, casal ganha R$ 34 mil na Justiça de MT

A juíza da 3ª Vara Cível de Cuiabá, Ana Paula Carlota Miranda, determinou a intimação do Motel Kital para efetuar o pagamento de uma quantia de R$ 34.805 mil referente à indenização por dano moral e material para um casal que se sentiu prejudicado com a ida em um dos quartos para momento íntimo. A condenação em primeiro grau foi dada em novembro de 2008, mas só agora houve a intimação do pagamento pelo juízo de primeiro grau.

Conforme narrado nos autos da ação de indenização por dano moral, M.B.D.S e sua esposa A.A.S.A.S, se deslocaram no dia 12 de janeiro de 2007, aproximadamente as 18h, no Motel Kital localizado na Avenida Beira Rio para desfrutar de momentos íntimos de privacidade e tranquilidade. Naquela ocasião, chegaram um em um veículo Gol e caia uma chuva fina.

Em determinado momento, houve queda da energia elétrica no prédio, o que levou a permanecer na escuridão. Quando abriram a porta do apartamento, para verificar o que estava acontecendo lá fora, constataram que a água da chuva tinha encoberto parte da escada que dá acesso ao apartamento.

A garagem estava totalmente inundada, com o nível da água encobrindo o motor do veículo e subindo rapidamente. A inundação teria ocorrido porque porque o Motel Kital, localizado na Avenida Beira Rio, a 300 metros da Avenida Fernando Correia da Costa, foi edificado sobre plano que se encontra abaixo do nível.

Por isso, para entrar e sair do motel, o casal deve descer e subir uma rampa existente em cada um dos lados do terreno. Ao descer a rampa de acesso, pelo lado esquerdo do terreno, o cliente se depara com um longo corredor que contorna o imóvel até a rampa de saída, formado pela ala dos apartamentos/garagens e pelo muro que faz divisa com o terreno vizinho. Após permanecer em situação de alagamento e impedido de entrar no carro, o casal relatou que conseguiu chegar até a porta do corredor de serviço do motel, na qual bateram pedindo para que alguém abrisse para que eles saíssem.

Após meia hora batendo e gritando, já tomados de pânico, a porta foi aberta por uma funcionária do motel, que os conduziu até a área da cozinha, onde outras pessoas já aguardavam na mesma situação. A solução encontrada pelo Motel foi fazer com que os clientes saíssem do prédio por meio da janela da cozinha que dá acesso ao jardim situado na frente do prédio.

Foi necessário subir uma escada, passar pela janela e saltar para a área pública. A cena de saída do motel foi feita em meio a forte chuva e na presença de curiosos, que do lado externo do prédio assistiam ao desenrolar da cena.

Quando a chuva perdeu intensidade e o nível da água baixou, o casal retornou à garagem do apartamento e ali perceberam que a água tinha destruído o interior do veículo do piso ao teto. O casal alegou que buscou o diálogo com a proprietária do motel para estabelecer acordo em relação à composição dos danos. Porém, de acordo com o casal, a proprietária foi intransigente e disse que cada um dos clientes deveria arcar com os prejuízos exigindo a saída imediata dos veículos que estavam na parte interna do motel. (Redação/Folhamax)