Janela acaba e 9 deputados da Assembleia mudam de sigla; PSD tem maior bancada
A janela aberta para a troca de partidos no Legislativo se encerrou no sábado (19) e nove deputados estaduais, o que representa mais de 30% do Parlamento, resolveram mudar de sigla. A maioria migra para o lado da situação a fim de se aliar ao governador Pedro Taques (PSDB). O partido mais prejudicado é o PR, que tinha a maior bancada e agora está sem representantes na Assembleia.
O PR já teve seu tempo de ouro na Assembleia no período do governo Blairo Maggi (PR), tendo a maior bancada. Com a possibilidade de perder Blairo, principal liderança, a sigla esvaziou.
Em compensação, o PSD, que tinha quatro parlamentares, ficou com seis, mesmo com a saída de Janaina Riva. Ela migrou para o PMDB após garantir autorização judicial para sair da sigla em decorrência de o vice-governador Carlos Fávaro (PSD) assumir o partido.
A sigla social-democrata recebeu a adesão de Leonardo Albuquerque que deixou o PDT para retornar ao PSD, legenda pela qual disputou a eleição para prefeitura de Cáceres. Os republicanos Wagner Ramos e Ondanir Bortolini, Nininho também migraram para o partido de Fávaro.
Wagner iniciou sua trajetória pelo PPS quando foi escolhido par disputar a eleição para deputado, em 2003, na época ficou como suplente. Depois acompanhou Blairo Maggi para o PR e agora vai para terceira legenda. Já Nininho segue para a quarta legenda. Ele já foi filiado ao PDT, DEM e, por último, PR.
O PSB recebeu de volta o deputado Mauro Savi que também deixou o PR. A relaçao entre ambos é antiga e o parlamentar venceu a primeira eleição para deputado em 2002 pela legenda socialista.
Savi já vinha demonstrando insatisfação com a sigla republicana desde a época da eleição da Mesa Diretora e, apesar de inicialmente ter se colocado na posição de opositor ao governador, resolveu migrar para uma sigla da base aliada.
Outro que deixa o PR é Sebastião Rezende que após um bom tempo de namoro com o PSC aderiu à sigla social-cristã. Como membro da bancada evangélica, ele agora reforça a bancada da sigla que conta com um deputado federal, Victório Galli. Ele foi eleito pela primeira vez deputado em 2002 pelo PTB, depois aderiu ao PR em 2007.
Além de Rezende, Pery Taborelli também aderiu o PSC após deixar o PV, legenda que não atendia às ideologias do coronel que está mais associado à bancada militar. Ele aproveitou a ida de Jair Bolsonaro, possível candidato a presidente em 2018, para reforçar a legenda.
Mesmo com a crise nacional que afeta PT e PMDB, a sigla peemedebista conseguiu ampliar a bancada para quatro deputados e se tornar a segunda maior na Assembleia , apesar da saída de Baiano Filho que migrou para o PSDB, após insatisfação com a legenda em Sinop, cidade onde tem sua base eleitoral, e também resolveu aderir ao grupo do governador. Ele era filiado da sigla peemedebista desde 2009.
Por outro lado, os peemedebistas receberam Janaína e até Emanuel Pinheiro, que deixou para anunciar a mudança na última hora. Este último já militou tambeém no DEM, quando começou sua trajetória política, passando também pelo PDT e por último PR. O PMDB tem ainda os que permaneceram Romoaldo Junior e Silvano Amaral.
Apesar de ser a sigla do governador, o que costuma atrair mais parlamentares, o PSDB ganhou apenas um aliado, Baiano, e segue com Guilherme Maluf, que preside a Assembleia, Wilson Santos, líder do governo, e Saturnino Masson.
O PV e o PDT ficaram apenas com um representante: Wancley Carvalho e Zeca Viana, respectivamente. Outros partidos que têm apenas um represente são o DEM, com Dilmar Dal Bosco, e o Solidariedade, com Zé Carlos do Pátio. (Redação/RDNews)