PM executou homem para vingar morte de cunhado

Uma ação integrada da Polícia Judiciária Civil e da Polícia Militar levou a prisão em flagrante do soldado PM, Ítalo José de Souza Santos, 28 anos, pelo homicídio qualificado de Danirlei Gonçalves da Silva, 34 anos, assassinado a tiros neste domingo (06.03), no bairro 1º de Março, em Cuiabá. A prisão está inserida na operação da Segurança Pública, Carga Máxima.

O homicídio é investigado pela Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP). O policial foi apresentado pela Polícia Militar no final da manhã desta segunda-feira na DHPP e presta interrogatório do assassinato cometido, na companhia de mais duas pessoas.

O grupo chegou em um veículo Gol branco. Ítalo, que estava no banco traseiro, e mais um comparsa sentado na frente, desceram do carro e ambos armados foram atirando em direção a membros da família que estavam reunidos na frente da casa. A vítima e outros irmãos correram para desviar dos tiros, mas Danirlei tropeçou e foi alvejado com oito tiros, quatro na cabeça e quatro nas costas, todos disparados por trás.

Segundo as investigações, há cerca de um mês o policial mandou recado à família, dizendo que iria matar todos os irmãos. No ano de 2012, a DHPP apurou outro crime de homicídio praticado pelo mesmo policial contra o irmão da vítima deste domingo.

No primeiro homicídio, ocorrido no dia 21 de julho de 2012, a vítima Rodrigo Gonçalves da Silva, 24, foi morta também a tiros no bairro 1º de Março, onde morava com a família. O motivo do crime seria vingança relacionada ao fato da vítima Rodrigo ter matado o cunhado de Ítalo.

Acompanhado de advogado, o policial negou o crime e apresentou álibi que estaria em outro local. Testemunhas o reconheceram como autor do crime. Em março de 2014, o policial foi preso e depois colocado em liberdade.

O policial militar, lotado no 24º Batalhão, do Pedra 90, responde a Conselho de Disciplina na Corregedoria da Polícia Militar. O procedimento foi aberto e está sendo subsidiado pela denúncia de homicídio doloso formalizada pelo Ministério Público Estadual e acatada pela 12ª Vara Criminal de Cuiabá.

O procedimento aberto em desfavor do soldado Ítalo está na fase de instrução, quando são ouvidas testemunhas de ambas as partes. A Corregedoria informa que por meio desse processo o Conselho analisará se o soldado reúne ou não condições de permanecer na Polícia Militar.

O policial será apresentado em audiência de custódia, na terça-feira (08). (Redação/Folhamax)