Estado demite três policiais militares por extorsão e fraudes

O Comando Geral da Polícia Militar de Mato Grosso demitiu o policial Everaldo Silva e Souza que estava no cargo sob força de liminar expedida pela Justiça. Como a liminar foi revogada, houve a demissão do cargo.

O ato administrativo foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) que circula nesta quinta-feira (5). O policial militar foi investigado em âmbito disciplinar por extorsão e furto.

A comissão que apurou a conduta do policial constatou pelo menos três episódios de irregularidades. O primeiro deles foi em 2001, em Colíder, quando o policial exigiu da dona de um hotel o pagamento de R$ 1,8 mil “para manipular uma ocorrência policial militar e beneficiá-la”.

No ano seguinte, em Alta Floresta, Everaldo teria exigido R$ 5 mil de José Carlos da Silva, vulgo “Pelogo”, que se encontrava detido por abuso sexual contra uma adolescente. A proposta de Everaldo era trocar a tipificação do crime na ocorrência policial – de “estupro” para “outros”.

A quantia, de fato, foi depositada na conta bancária do policial, que não teve como explicar a origem do dinheiro. Já em 2003, no distrito de União do Norte, novamente Everaldo propôs alterar a tipificação de uma ocorrência – no caso, um furto – em troca de dinheiro, que foi exigido de Cícero da Silva.

Antes disso, Everaldo inclusive tentara fazer com que as partes envolvidas se conciliassem, o que nada tem a ver com a atividade policial. Ele obteve na Justiça mandado de segurança que garantiu seu retorno ao trabalho, além do pagamento dos salários retroativos a março deste ano, quando foi excluído da PM.

Também foram demitidos outros dois policiais militares. Um deles é Ricardo Teixeira Franco, que estava no cargo sob força de liminar, pois assumiu a função sem portar CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Outro demitido das fileiras da PM é Aurides Franklin de Santos Marques. (Redação/Folhamax)