Por RGA, categorias paralisam por 2 dias e ameaçam greve geral dia 31
O Fórum Sindical, que reúne 32 categorias de servidores públicos estaduais, confirma a paralisação nesta terça (24) e quarta (25), para pressionar o Governo a pagar o Reajuste Geral Anual (RGA) de 11,28%. Caso o funcionalismo e o Executivo não cheguem ao entendimento, será deflagrada greve por tempo indeterminado a partir do dia 31.
A paralisação acontece às vésperas do feriado de Corpus Christi (26) e o Governo já decretou ponto facultativo na sexta (27). Com isso, os servidores que aderirem ao movimento ficarão quatro dias longe dos postos de trabalho e terão seis dias sem atividade, considerando o final de semana.
Amanhã e quarta serão realizados atos, a partir das 9h, em frente à secretaria estadual de Gestão (Seges). Também estão previstas passeatas no Centro Político Administrativo nos dois dias da paralisação.
O sindicalista Edmundo César, um dos porta-vozes do Fórum Sindical, afirma que as categorias esperavam que o Estado se posicionasse sobre a proposta de parcelamento do RGA, intermediada pela Assembleia, até a manhã desta segunda (23). “Como o Executivo não se manifestou, não tivemos outra alternativa a não ser cruzar os braços. Vamos permanecer mobilizados até receber o RGA, que é um direito constitucional”, explica em entrevista ao Rdnews.
A proposta intermediada pela Assembleia prevê o pagamento do RGA em duas parcelas. A programação seria uma parcela de 7,5% em maio e outra de 3,78% em junho, retroativa a maio. Além disso, Edmundo lembra que a paralisação não acontecerá somente na Capital. “Os servidores do interior também vão paralisar para mostrar ao Governo a força das categorias”, conclui.
Magistério
O magistério, que é a maior categoria do funcionalismo público estadual, aprovou a greve a partir do dia 31, em assembleia realizada hoje à tarde. Além do RGA, os educadores também se mobilizam contra as Parcerias Público Privada (PPPs) para administrar 70 escolas em Mato Grosso.
Apelo
Às vésperas de possível paralisação geral dos servidores do Executivo, o governador Pedro Taques (PSDB) voltou a dizer que não há recursos para o pagamento imediato do RGA. “Este mês não temos (dinheiro)”, declarou. O tucano também não descarta ingressar na Justiça contra a possível greve, pleiteando a ilegalidade do movimento.
Na semana passada, o Executivo vetou o reajuste aos servidores do Judiciário. O Tribunal de Contas, em solidariedade a Taques, também anunciou que não vai pagar a reposição ao seu quadro funcional. A Assembleia condicionou o RGA dos servidores à aprovação do PCCS. Dos Poderes e órgãos, o único que já concedeu a reposição inflacionária foi o Ministério Público Estadual (MPE). (RDNews)