Dois policiais são expulsos por estupro de acusada de furto

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pós 12 anos, o Comando Geral da Polícia Militar, expulsou dois policiais militares por conta de um estupro cometido contra uma mulher no município de Várzea Grande. Conforme publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) que circula nesta sexta-feira (15), os policiais militares Giovanni Batista Fraga Carrijo e Franco Wilson do Espírito Santo foram acionados no dia 13 de setembro de 2004 pelo CIOPS para apurar uma ocorrência de furto no Supermercado Modelo em Várzea Grande, localizado no bairro Jardim Aeroporto, Avenida Arthur Bernardes.

Chegando lá, os dois policiais militares não registraram o boletim de ocorrência e ainda renderam a acusada para entrar na viatura. A partir daí, se deslocaram até um motel em Várzea Grande e obrigaram a mulher acusada de furto a manter relação sexual forçada com ambos os PMs, o que caracterizou em crime de estupro.

O soldado Giovanni Batista ingressou na Polícia Militar em março de 1987 como soldado e foi para a reserva remunerada em 2010. Já Wilson do Espírito Santo ingressou na policia militar em fevereiro de 1993 e ainda segue na ativa.

Agora, com a demissão do serviço público, serão oficialmente desligados da corporação e perderão o direito de receber os salários.

Ainda foi demitido o policial militar Hilton Rodrigues Costa, em decorrência de uma decisão do Tribunal de Justiça que lhe aplicou em junho de 2014 a pena de 8 anos e nove meses de prisão e culminou na perda da sua função pública.

Ele perdeu o cargo em razão da prática de atos libidinosos e violência ao pudor cometido contra mulheres que abordava na rua enquanto exercia a função de policial militar.

Em 13 de janeiro de 2001, no município de Rondonópolis, Hilton Rodrigues Costa, na companha de outro policial militar, constrangeu uma mulher ao abordá-la na rua por meio de grave ameaça com emprego de arma de fogo e obrigá-la a tirar a roupa para ser revistada.

Em outra ocasião, a dupla de PMs abordou uma outra mulher em uma zona de prostituição e obrigou a subir na motocicleta para ser levada até um matagal. Chegando lá, obrigaram a mulher a ficar nua. Após ser várias vezes tocada e ser mordida nos seios, um dos policiais introduziu o dedo em sua vagina e só não cometeu conjunção carnal porque lhe faltou ereção.

O Comando Geral ainda expulsou o policial militar Maçone Barroso Rodrigues por tráfico de armas. Conforme publicado no Diário Oficial, o PM foi preso em flagrante no dia 10 de fevereiro no momento em que vendia uma arma para o caminhoneiro Ozires Pereira dos Santos, 43, em frente a sede da Cruz Vermelha, na avenida do CPA, em Cuiabá.

Policiais montaram campana próximo ao local até que o motorista chegou com o caminhão e encontrou o PM fardado. Eles conversaram por cinco minutos até que o cabo entregou algo ao caminhoneiro.

A abordagem aconteceu somente após o motorista sair com o seu caminhão caçamba. O veículo foi revistado e nele localizado um revólver calibre 38 e uma caixa com 16 munições. O fato foi fotografado pela inteligência da PM. O cabo e o caminhoneiro foram detidos.

Após o flagrante, os policiais que já estavam com um mandado de busca e apreensão foram até a residência do cabo, no bairro Jardim Paraná, e encontraram quase mil munições de diversos calibres, além de carregadores de arma.

O cabo Maçone tem histórico de polêmica na corporação. Ele esteve envolvido na morte de Jaciel Monteiro Lopes, 19, no ano de 2006. Conforme reportagens da época, Jaciel foi preso no bairro Pedra 90, algemado, e colocado no camburão de uma viatura.

De lá três policiais seguiram com ele até uma estrada deserta da região, onde o policial militar Rodolfo Santa Filho, mais conhecido como “cabo Conan”, desceu do carro e disparou à queima-roupa duas vezes contra o detido usando a escopeta da PM. Em seguida metralhou o carro para forjar um atentado que “explicaria” a morte do rapaz.