Ex-aliado, Wellington vota contra Dilma e quer medidas contra crise
RDNews
O senador Wellington Fagundes (PR), que coordenou a campanha pela reeleição da presidente da República afastada Dilma Rousseff (PT) em Mato Grosso, também votou contra a petista.
Com isso, se juntou a José Medeiros (PSD) aos demais senadores que defendem que seja julgada em plenário por crime de responsabilidade.
“Vejo indícios da prática dos crimes apontados no relatório. Por isso, sou favorável a pronúncia e voto pela continuidade do processo, passando a fase de julgamento”, declarou Wellington, que foi membro da Comissão Especial do Impeachment e chegou a ser um dos líderes de Dilma no Congresso.
No discurso, Wellington afirmou que é homem de fé, que acredita em Deus e na força do povo brasileiro.
Disse ainda que nos momentos de crise é que o Brasil consegue mostrar sua competência. “Vamos sobrepor nossas dificuldades com muito trabalho, que o que o povo espera de todos nós”, completou.
Wellington também ressaltou que foi cauteloso em relação ao impeachment de Dilma por respeito ao povo brasileiro. Garantiu ainda ter ouvido atentamente todos os argumentos da defesa e da acusação. “A Casa foi cuidadosa no respeito à Constituição, ao Regimento Interno e aos estabelecimentos do STF”, frisou ao lembrar que a sessão de hoje (9) está sendo presidida pelo presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski.
Para justificar o voto contrário à Dilma, Wellington também defendeu o próprio trabalho na relatoria da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) da União.
Segundo o republicano, a peça traz o orçamento real com mecanismos delimitando o que são despesas primárias, determina que o aumento de arrecadação deve ensejar em investimentos, destina recursos para conclusão de obras inacabadas, proíbe a recriação da CPMF e garante o pagamento do FEX de 2017.
“O orçamento traz valores éticos e políticos para que o país não volte a enfrentar processos como este. A nação está ansiosa pelo desfecho, mas o Congresso mostrou que é possível apreciar o processo de forma pacífica, ordeira e democrática para o bem do Brasil”, concluiu o republicano.