Major da PM impede que sobrinho acusado de abusar de menor de 14 anos seja preso
Olhar Direto
Uma confusão foi registrada no último final de semana envolvendo a enteada de um subtenente e o sobrinho de uma major da Polícia Militar, no Residencial Padova, em Cuiabá. Conforme as informações, a major impediu a prisão do acusado que teria abusado sexualmente da menor, que tem apenas 14 anos. Até a corregedoria teve de ser acionada.
Segundo as informações do Boletim de Ocorrências (nº 2016.246423), uma viatura foi acionada pelo subtenente W.. No local, ele informou que sua enteada, identificada como I.V.O.S., teria sido aliciada pela adolescente G.C.C.F., 18 anos, para que fizesse sexo com o acusado, identificado como L.P.R.M., 19 anos.
Depois, os policiais foram até a casa do suspeito. Lá, explicaram a situação para a mãe do rapaz, que negou a entrada dos militares sem mandado judicial e disse que o filho não estava. A mulher ainda teria pedido ao subtenente que eles resolvem a questão sem precisar ir até a delegacia.
Minutos depois a major da PM, identificada apenas como R., chegou ao local dizendo que seria tia do acusado. Ela disse que os militares não seriam autorizados a entrar na casa sem ordem judicial. O oficial de área foi chamado que conversou com a major, mas não conseguiu resolver o impasse.
Novamente foi pedido para que o suspeito fosse conduzido até a delegacia, o que foi negado novamente. Por se tratar de uma policial com a patente superior, os PMs acionaram a corregedoria que encaminhou outro major até o local. Mesmo assim, o posicionamento dela não se alterou.
Por fim, o acusado não foi encaminhado à delegacia. O BO ainda narra que a major teria ameaçado a mãe da vítima dizendo as seguintes palavras: “Você fica criando tumulto, depois aguenta a consequência”. Apenas a vitima e a suspeita de aliciar a menor foram encaminhados à Central de Flagrantes.
A assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que “que houve a necessidade de intervenção de um oficial no momento da ocorrência, porém não registrou qualquer ato que justifique a instauração de procedimento para apurar a conduta dos policiais”.