Regional destitui diretório e controle do PV vai parar na Justiça em Barra
Dirigentes do Partido Verde (PV) estão travando na Justiça uma briga para decidir quem fica no controle da agremiação em Barra do Garças. A batalha judicial teve início com a destituição do diretório municipal e a formação de uma comissão provisória para apoiar a candidatura do advogado Sandro Saggin (DEM) à prefeitura da cidade, reeditando no município a coligação que elegeu o governador Pedro Taques (PSDB).
Ocorre que o PV tinha fechado coligação com o prefeito Roberto Farias (PMDB), candidato à reeleição, participou da convenção do peemedebista e lançou 18 candidatos a vereador. A decisão, no entanto, não foi considerada nula. O diretório regional, que dissolveu o diretório local, nomeou a provisória e determinou o cancelamento da convenção.
Os atos baixados pelo diretório regional foram à revelia do municipal. Os dirigentes do município só tomaram conhecimento do teor das decisões ao encaminhar à Justiça Eleitoral, a ata da convenção. “Fomos surpreendidos com a medida cinco dias depois da homologação dos candidatos, no dia 28 de julho. Diante disso, nós recorremos, pois, trata-se de uma decisão da maioria absoluta do diretório”, disse o presidente destituído, Márcio Davi.
Na tentativa de reverter à situação, Davi ingressou com mandado de segurança na 47ª Zona Eleitoral, porém, o juiz Wagner Plaza Machado Júnior indeferiu o pedido de liminar, considerando a questão como de foro da Justiça comum por se tratar de questões internas de partidos. O dirigente recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que teve o mesmo entendimento, julgando-se incompetente para apreciar o caso.
“Nós vamos recorrer ao pleno do tribunal e já antecipei à direção estadual que o partido poderá até apoiar o candidato de oposição, mas os filiados já tomaram uma posição e seguirão apoiando a candidatura à reeleição do prefeito Roberto Farias. É uma decisão sem volta”, ressaltou Márcio Davi, que nesta terça (9), se encontrou com o presidente regional, José Roberto Stopa em Cuiabá. (FA/RDNews)