Homem é preso com roupas que seriam usadas para comprar voto de índios

Olhar Direto

Um comerciante foi preso na cidade de Comodoro (667km de Cuiabá) por armazenar fardos de roupas que seriam doados a indígenas em troca de votos para uma candidata a prefeita da cidade. Seu estabelecimento comercial vendia calhas, mas lá dentro havia 24 fardos de roupas para fins eleitorais.

De acordo com informações do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), o comerciante ainda informou que em sua casa havia mais 14 fardos, todos comprados pelo marido da candidata. O dono da loja foi encaminhado à Central de Operações da Policia Militar de Comodoro para confecção de Boletim de Ocorrência, pagou R$8800 de fiança e foi liberado. O caso está sob investigação do juiz Marcelo Resende.

Diversas outras cidades do interior do estado também registraram casos de compras de votos neste final de semana. É o caso, por exemplo, de Pontal do Araguaia (508km de Cuiabá), onde o juiz Wagner Plaza, depois de receber denúncias, foi descaracterizado abordar um motorista de um veículo e encontrou vários vales de combustível, duas cadernetas com anotações, santinhos e demais materiais de campanha, além de 580 reais em espécie.

O motorista, antes de saber que conversava com o juiz, confessou que trabalhava para a prefeita de Pontal do Araguaia candidata à reeleição. O material foi apreendido e ele foi levado para a Polícia Federal.

Na mesma cidade, o juiz recebeu denúncias de que haveria galões de combustíveis para serem distribuídos a indígenas da aldeia Sangradouro. O magistrado determinou busca e apreensão dos 700 litros de diesel encontrados. . A prefeitura alegou que o combustível seria utilizado para o transporte escolar, mas até o momento, a prefeitura não apresentou as notas fiscais de compra do combustível.

Em Feliz Natal (511km de Cuiabá), por sua vez, o pai de um candidato foi preso conduzindo um Fiat Strada vermelho, supostamente fazendo entrega de cestas básicas. Já em Nova Canaã do Norte (707km de Cuiabá), o juiz Walter Tomaz da Costa deferiu uma busca e apreensão em três postos de combustível por suspeita de fornecimento ilícito de combustíveis para carreata realizada na última quinta-feira (29).