Mãe acusada de matar bebê e guardar corpo por 5 anos deixa cadeia

Do G1 GO

Acusada de matar e esconder o corpo da filha recém-nascida durante cinco anos, a professora Márcia Zacarelli Bersaneti, de 37 anos, deixou a cadeia na noite desta quarta-feira (5). Ela estava detida há quase dois meses depois que o ex-marido descobriu o corpo da criança no escaninho do prédio onde morava com a mulher, em Goiânia.
O G1 entrou em contato com o advogado de Márcia, Alex Paulino de Oliveira, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.

Márcia deixou o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, por volta das 22h30, no banco de trás de um carro junto com seus defensores. O juiz Eduardo Pio Mascarenhas, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, foi quem ordenou que ela fosse solta.

No pedido feito pela defesa da professora, consta que ela é ré primária, tem residência fixa e que o crime constitui “fato isolado em sua vida e que, no momento de sua prática, não estava em suas plenas faculdades mentais”.

O magistrado, após acolher o pedido, determinou que a mulher deve cumprir duas medidas cautelares sob pena de ter o benefício revogado: comparecer mensalmente ao juiz para justificar suas atividades e não se ausentar da cidade.

Crime

A professora está presa desde o último dia 9 de agosto, quando o ex-marido dela encontrou o corpo do bebê no escaninho do prédio em que a mulher morava, em Goiânia. Após ser presa, a mulher confessou que matou e escondeu o cadáver no local.

Ela deu à luz uma menina no dia 15 de março de 2011. Segundo as investigações, ela ligou para um amigo que a levou para o hospital quando começou a sentir contrações. Esse amigo ainda deu R$ 3 mil para que a professora fizesse o parto cesárea.

A criança nasceu saudável e, um dia após o parto, realizado em uma maternidade particular da capital, a professora recebeu alta. Consta na denúncia que a investigada “matou uma criança recém-nascida mediante asfixia, tampando o seu nariz. Em seguida, colocou o cadáver dentro de uma bolsa e o levou para o apartamento onde morava, onde o envolveu com pano e saco plástico, depois acondicionou em uma caixa de papelão e o escondeu no escaninho de seu apartamento”.