Trabalhadores vão às ruas contra governo Temer

GD

Professores e servidores públicos em geral se mobilizam para mais um dia de paralisação e protesto em todo país e em Cuiabá já estão previstos atos a partir das 16h de sexta-feira (11). A concentração será na Praça Ipiranga, na área central.

Direção do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) já confirmou presença e vem convocando a categoria a participar da Greve Geral que ocorrerá nas ruas de todo o País.

O Fórum Sindical, que congrega sindicatos que representam 22 categorias de funcionários públicos se reúne nesta quinta-feira (10), para preparar as ações e engrossar o movimento. Segundo Oscarlino Alves, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde (Sisma), os trabalhadores do setor, em todo o País vem sofrendo com a política do Governo e a situação em Mato Grosso é ainda mais caótica.

Explica que na sexta-feira as unidades de saúde não fecharão as portas para população, mas trabalhadores que não estiverem nos plantões das unidades vão se mobilizar e engrossar os protestos.

Bancários também trabalharão, mas sindicalistas devem participar de atos diante das agências, reafirmando o descontentamento com a política que vem sendo adotada contra trabalhadores, em todas as esferas de governo.

O Sindicato dos Bancários adianta que a categoria que reúne cerca de 4 mil trabalhadores no estado se mobiliza para a greve geral de protesto, que ocorre em 25 de novembro, da qual deve aderir.

Na próxima sexta-feira, ato reunirá a classe trabalhadora para reforçar a luta pela Educação Pública e Gratuita, e dizer que abre mão dos recursos sociais e não aceita o congelamento de investimentos na Saúde e Educação, promovido pela PEC 55 (ex-241).

O protesto é contrário ao arrocho e a retirada de conquistas sociais históricas, que colocará a população brasileira num estágio de retrocesso pelos próximos 20 anos. “NÃO A PEC 55/16 (ex 241/16)”

Aprovada no último dia 25 de outubro, a PEC 241, que no Senado será PEC 55/2016 pretende congelar as remunerações dos servidores públicos da União e suspender as vinculações constitucionais para a saúde e a educação.

Sem as verbas asseguradas pela Constituição, e sob um teto limite de reajuste salarial pela inflação, o piso salarial do magistério e as políticas de valorização da carreira profissional ficarão comprometidos por duas décadas.

PLP 257/16 – Limitação aos Plano de Carreiras

O Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 257/2016 caminha na mesma direção da PEC 241.Congelará os salários de servidores públicos dos estados e municípios, aumenta a alíquota de contribuição do/a servidor/a para a previdência, implementa nos estados a privatização das aposentadorias de servidores e promove o arrocho salarial das categorias ao promover a redução das contas públicas, com limite da folha de pessoal, ampliando as possibilidades de demissões no serviço público.

PL 4330/06 – Terceirização

O projeto de Lei (PL) nº 4.330/2006 e a Lei 9.637, de 1998, julgada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal em abril de 2015, abrem as portas para a privatização das escolas públicas, por meio de Organizações Sociais, e para a terceirização de todos/as os/as profissionais (professores, pedagogos/especialistas e funcionários administrativos escolares). Os novos contratos, sem concurso público e sem qualquer vínculo com o empregador, poderão ser feitos sem as garantias trabalhistas (férias, 13º salário, FGTS e outras)

PL 4577/16 – Pré-Sal

Os projetos de lei (PL) nº 4.567/2016 e 6.726/2013, que tratam da privatização do Pré-sal e do fim do regime de partilha na exploração do petróleo e gás natural, diminuem e até mesmo desvinculam recursos de royalties e do Fundo Social do Petróleo destinados à educação. Essas mudanças legislativas inviabilizarão o cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação.

Lei da Mordaça

O PL 867/2015 e outros correlatos pretendem amordaçar os/as educadores/as escolares, retomando princípios da ditadura militar nas escolas.

Reforma da Previdência

Aumento da idade para aposentadoria e fim da aposentadoria especial. As mudanças na legislação se pautam na elevação da idade mínima de homens e mulheres para 65 anos na vinculação da idade mínima ao tempo de contribuição para todos os regimes (Próprios de servidores públicos e Geral do INSS), na limitação da aposentadoria rural e no fim da aposentadoria especial do magistério. (Com informações assessoria Sintep/MT)