Travestis matam rivais em brigas por pontos de prostituição

A Polícia Civil informou que o grupo de travestis preso nesta terça-feira (20), matou duas rivais em uma disputa por pontos de prostituição, em Goiânia. Outros três crimes são investigados. Ao todo, foram detidas seis travestis e um homem. A líder da quadrilha agia para evitar que novas concorrentes pudessem atuar no Bairro São Francisco, tradicional local de prostituição da capital Goiana.

De acordo com o delegado Thiago Martimiano, responsável pelas investigações, o grupo cobrava para que novas prostitutas e travestis trabalhassem na região. Como algumas não aceitavam a imposição, começou uma disputa.

“Essa líder mantinha uma casa para abrigar as travestis. Quem quisesse morar e fazer programas no local, tinha que pagar R$ 50 por dia. Mesmo que se prostituía nas ruas, era obrigado a pagar R$ 30 por dia. Era a “dona do pedaço”. Começaram a ter algumas desavenças que ocasionaram as mortes”, disse o delegado.

Segundo Martimiano, os crimes foram cometidos todos neste ano. Outros três assassinatos pelo mesmo motivo ainda são investigados.

Todos os seis travestis tinham mandado de prisão em aberto pelo crime de homicídio. Além disso, elas e o homem foram detidos em flagrante por associação criminosa. O rapaz atuava na logística, comprando munições e levando as suspeitas para praticar os crimes.

Na casa onde a líder do grupo vivia, foram encontrados uma arma, uma porção de droga, além de frascos de silicone industrial. Segundo a polícia, o material era aplicado de maneira irregular nas travestis.

“Ela financiava e colocava o produto nas travestis e depois cobravam a dívida de maneira parcelada. Os preços variavam entre R$ 6 mil e R$ 10 mil. Por conta disso, ela também vai responder por exercício ilegal da profissão”, destaca Martimiano.

As investigações começaram há cerca de 1 ano, após mortes de travestis no bairro. Em nota, a Polícia Civil informou que a operação visa “reprimir os delitos de organização criminosa, exploração sexual e redução a condição análoga à escravidão”.

Ao todo, 52 policiais participam da operação. Outras 17 pessoas foram levadas para a delegacia e ouvidas como testemunhas e vítimas. Em seguida, elas foram liberadas.

 

Fonte: Sílvio Túlio. Do G1 GO – Facebook