Prefeita de Torixoréu admite desgaste com vereadores
A Gazeta
A prefeita de Torixoréu, Inês Coelho (PP), disse que buscará o apoio popular para gerir o município. A nova chefe do Executivo reconheceu que a relação com o Legislativo ainda é muito delicada e que não houve contato entre os dois poderes. As declarações foram dadas na última quinta-feira (5), na eleição que reelegeu o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, na sede da entidade em Cuiabá.
Segundo a prefeita, a relação ainda não é das melhores. “Apesar disso, quando enviar projetos à Câmara, precisarei convocar a população para que os vereadores não usem de má vontade e oposição por oposição na tentativa de me prejudicar”, disse.
Ainda conforme Inês, os vereadores ainda não entraram em contato. “Eles ainda não falaram comigo depois do ocorrido. Há um clima tenso. Mas a população que me elegeu sabe das minhas intenções e o meu compromisso com Torixoréu”.
A polêmica entre os vereadores e a prefeita chegou a esse ponto após o presidente da Câmara não dar posse à candidata eleita no dia 1º de janeiro. A situação chegou ao ponto dramático quando duas decisões judiciais foram descumpridas pelo parlamentares.
A desobediência à Justiça fez com que a Polícia prendesse por 4h todos os membros da Mesa Diretora – composta pelo presidente Valdemar de Oliveira Alves, pela vice-presidente Lúcia Rocha (PSDB), pelo primeiro-secretário, Deon Nunes (PSD) e Osvaldo Cotraço (PSDB), segundo-secretário.
Inês Coelho deveria ter sido empossada em sessão solene na manhã dominical, mas uma manobra do presidente da Câmara, vereador Waldemar de Oliveira Alves (Juca do PT), acabou por ‘suspender’ por 30 dias a cerimônia. A justificativa do ato administrativo era que Inês não estava apta a ser empossada por responder processos junto a Justiça Eleitoral. Após o cárcere eles empossaram a prefeita às 21h de domingo.