Barra-garcense deixará o TCE para concorrer às eleições de 2018
Folhamax
O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Antônio Joaquim, procurou o governador Pedro Taques (PSDB) para avisá-lo que deixará o cargo ainda neste ano para disputar as eleições de 2018. Os dois podem acabar se enfrentando nas urnas, pois Taques deve tentar a reeleição e o conselheiro é pré-candidato anunciado do PMDB à disputa pelo Executivo Estadual.
De acordo com o conselheiro, o encontro com o governador do Estado aconteceu no ano passado, logo que o presidente do TCE decidiu que voltaria para a carreira política. “Eu tive a honestidade de procurá-lo, em maio do ano passado, para dizer que iria sair do Tribunal para retomar a minha vida. Eu disse a ele também que não agiria fora da linha por conta disso”, disse em entrevista à rádio Capital FM.
Apesar da possível rivalidade com Taques nas urnas no ano que vem, Antônio Joaquim garante que o fato em nada tem influenciado seu trabalho na Corte de Contas. “Eu tenho sido chefe de poderes mais ponderado e prudente na relação com o governador Taques. Quando ele disse que não pagaria a RGA para os servidores, fui o único que deu apoio a ele. Está na mídia tudo o que foi dito”, assegurou.
O conselheiro deve pedir aposentadoria do TCE ainda neste ano para que possa se candidatar em 2018. Um dos seus primeiros atos após deixar o tribunal deve ser a filiação ao PMDB, partido com o qual ele tem mantido conversas adiantadas.
Ele é apontado pelo cacique da legenda, deputado federal Carlos Bezerra, como o pré-candidato do partido ao Palácio Paiaguás. Mesmo com a possibilidade de disputar com o atual governador, o presidente do TCE informou que a instituição continua dando apoio ao Estado. “O tribunal tem contribuído com o que pode na governabilidade e com as coisas que acontecem com o governo. Eu jamais vou ser cretino e hipócrita de usar uma instituição em projetos pessoais. Pessoas que queiram contaminar a minha atuação até eu sair vai ter, mas não vou me amedrontar com isso. Não sou um homem assombrado. Vou ter minha consciência tranquila e vou cumprir meu dever até o último minuto. Vou fazer o que deve ser feito, até o último minuto”, completou ele que já foi deputado estadual, federal e secretário de Estado.
Enquanto permanecer no TCE, Antônio Joaquim declarou que continuará adotando a mesma postura profissional. “A minha atuação será como fiscal, como conselheiro, como presidente do TCE, sem nenhum tipo de constrangimento em relação ao futuro. Então não venha tentar diminuir minhas atitudes, minhas atribuições como presidente, dizendo que sou pré-candidato, porque isso não vai funcionar”, declarou.
Ele destacou que, por adotar medidas imparciais, o governo também terá que aceitar decisões que forem contrárias a Taques. “Mesmo o governo estando insatisfeito com algumas atitudes minha como presidente ou como conselheiro, terá que me engolir, porque estou cumprindo meu dever e cumprirei até o último minuto em que ficar no Tribunal”, asseverou.