Briga por motivo fútil é a maior causa de homicídios em MT, aponta balanço
Do G1 mT
As desavenças por motivos fúteis são as maiores causadoras de morte por homicídio em Mato Grosso, segundo levantamento da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT). O balanço foi divulgado neste domingo (12). Os motivos que mais aparecem no estudo são discussão em mesa de bar e vingança. Em segundo lugar aparecem a disputa por território do comércio de drogas e os crimes passionais. As principais vítimas do crime, segundo o governo, são usuários de droga.
Recentemente, um adolescente de 17 anos foi assassinado após uma briga motivada por uma pipa. Três pessoas, sendo dois maiores de idade e um adolescente, foram detidas suspeitas de cometerem o crime.
Um dos jovens invadiu a casa da vítima para pegar o brinquedo, onde se envolveu em uma discussão com os moradores. Ele retornou para o local e, com a ajuda de 3 amigos, matou o garoto. O crime ocorreu na quinta-feira (9).
De acordo com o levantamento, o principal meio para cometer os crimes na Grande Cuiabá, é a arma de fogo.
Dos 197 homicídios na capital em 2016, mais de 70% foram cometidos com o emprego de arma de fogo. Em seguida, aparecem as facas, com 13% dos casos registrados, e objetos contundentes como pedra, por exemplo, com 7%.
Já em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, em 75% dos casos os criminosos usaram arma de fogo. Na lista, as facas e os objetos contundentes aparecem com 13% e 10%, respectivamente.
Em todo o estado, segundo o levantamento, foram apreendidas mais de 4 mil armas de fogo no ano passado.
Plano estratégico
Na quarta-feira (8), o governo do estado lançou um plano estratégico para tentar diminuir em quase 30% os homicídios dolosos, quando há a intenção de matar, no estado até dezembro de 2019. De acordo com a Sesp-MT, a pretensão é reduzir os homicídios a cada 100 mil habitantes de 34,79 para 25,51 registros em até dois anos.
Chamado de ‘Plano Estratégico de Segurança Pública’ o documento prevê ainda a tentativa de diminuir a taxa de roubos de 553,11 para 403,2 ocorrências a cada 100 mil habitantes no mesmo período.