MT tem 3ª energia mais cara do país para indústria, diz estudo da Firjan
RDNews
O Estado de Mato Grosso tem o terceiro maior custo da energia para a indústria do país, de R$ 580,05 por megawatt-hora (MWh). O estudo divulgado na sexta (24) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) mostra, ainda, que o custo da energia no Estado ficou R$ 76,05 acima da média nacional de R$ 504/MWh.
O estudo da Firjan mostra que, em se tratando de custo de energia para o segmento, Mato Grosso perde apenas para o Rio de Janeiro que apresenta o maior custo da energia para a indústria do país (R$ 628,83 por MWh), com tributos, superior à média nacional em 24,8%, e para o Pará (R$ 609,79). Já o menor custo aparece no Amapá (R$ 271,45).
No caso da indústria fluminense, a economista da Firjan Tatiana Lauria, especialista em estudos de infraestrutura, destacou a aprovação, pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) do aumento da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para diversos setores, em meio às propostas do pacote anticrise apresentado pelo governo fluminense.
Na média nacional, o resultado mostra uma queda de 10,7% em comparação a 2015, quando a energia custava para a indústria do país R$ 564,34 por MWh. A sondagem utilizou as tarifas disponibilizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A sondagem utilizou as tarifas disponibilizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo a Firjan, a redução se deve à conjuntura econômica adversa, que permitiu diminuição da geração térmica e a substituição da bandeira tarifária vermelha pela verde. A entidade diz, entretanto, que o custo subiu 48,2% desde 2013, quando era R$ 340,10 por MWh, menor resultado da série histórica iniciada em 2010.
A energia é, segundo a entidade, um dos principais insumos para a indústria brasileira, usado por 79% das empresas e podendo representar mais de 40% de seus custos de produção. A análise da composição do custo médio da energia elétrica para a indústria no Brasil, em 2016, tem entre seus componentes de maior peso a geração, transmissão e distribuição (GTD), que ficou em R$ 298,45, com participação de 59,2% no total, seguido dos tributos (R$ 135,87 e participação de 27%) e das perdas técnicas (R$ 36,95 ou o equivalente a 7,3% do custo médio total). (Com Agência Brasil)