Custos impedem que energia elétrica em Mato Grosso tenha redução ao consumidor

Olhar Direto

Apesar de ser um dos grandes geradores de energia elétrica, Mato Grosso tem um dos valores mais caros do país. O custo médio da energia elétrica do Estado é o terceiro mais caro do Brasil com o valor de R$ 580,05/MWh. Já os consumidores residenciais pagam R$ 0,50765 o quilowatt/hora. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, não há neste momento a possibilidade de reduzir para os consumidores o valor da tarifa, visto Mato Grosso fazer parte do sistema interligado, onde há custos com fio, transporte da energia e seguro, por exemplo.

Em passagem por Mato Grosso para o lançamento da sétima etapa do Luz para Todos, na manhã desta terça-feira, 14 de março, o ministro de Minas e Energia observou que Estados do Norte sempre perguntam à pasta quanto a redução do valor da energia elétrica. Ele destacou que tais Estados geram muita energia e que boa parte deles exportam.

“Mas, como Federação não temos como diminuir a energia em determinados Estados, única e exclusivamente pela geração. Por estarmos em um sistema interligado, temos o custo do fio, do transporte, do seguro, então temos essa despesa como um todo”, explicou Fernando Coelho Filho.

Segundo levantamento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Mato Grosso tem a terceira energia elétrica industrial (considerando impostos) mais cara do Brasil. O Estado tem o Megawatts a R$ 580,05, ficando atrás do Rio de Janeiro com R$ 628,83/MWh e o Pará a R$ 609,79/MWh.

O Ministro de Minas e Energia revelou que o Governo Federal estuda formas de financiar sistemas de energia isolados. Tais sistemas, segundo ele, são os mais caros.

Fernando Coelho Filho revelou que ainda nesta terça-feira está agendado um encontro com o ministro de Meio Ambiente, Sarney Filho, onde juntos lançarão um programa de financiamento usando o Fundo Clima, com taxas no BNDES mais baixas, “para que a gente possa financiar esses novos sistemas isolados que vão entrar em operação no futuro e que estão sendo licitados no Ministério de Minas e Energia visando diminuir o custo da geração”.

O ministro de Minas e Energia lembrou ainda que “a gente tem uma série de passivos que foram contratos no setor elétrico e que infelizmente as consequências estão aparecendo agora. E, eu acho que o nosso maior desafio é não cair na tentação que caímos no passado de forma artificial em querer baixar a conta de energia e logo num futuro muito breve a população como um todo ser chamada para pagar essa conta e com uma correção muito maior”.