Pai é preso suspeito de usar o filho de 11 anos para furtar casas em Barra do Garças

Do G1 MT

Um homem de 38 anos foi preso em Barra do Garças, na segunda-feira (6), suspeito de usar o filho de 11 anos de idade para furtar residências. Segundo a Polícia Civil, ao ser interrogado, Wellington Pereira dos Santos, conhecido como “Pelézinho”, confessou ter usado o filho para cometer três furtos, sendo um em Barra do Garças e dois em Pontal do Araguaia, a 518 km da capital.

De acordo com o delegado Williney Santana Borges, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Barra do Garças, o homem usa o filho para cometer os crimes desde que a criança tinha 6 anos de idade. Quando foi ouvida pela polícia, a criança inclusive teria admitido cometer os furtos a mando do pai.

“Estou na base há quatro anos e, só nesse período, ele já foi preso em outras duas oportunidades. Como são crimes de furto, onde não há violência e ameaça, ele acaba sendo posto em liberdade e volta a usar a criança”, disse.

As investigações apontam que o suspeito era constantemente visto andando de bicicleta e carregando o filho. Conforme o delegado, o homem escolhia como alvo, preferencialmente, casas em que os proprietários eram idosos. Acompanhado do filho, ele chegava às residências e pedia por um copo de água para o filho ou autorização para a criança usar o banheiro.

“Enquanto a pessoa ia buscar a água, ele colocava o filho para pegar alguma coisa de valor e sair rapidamente da casa. Ou então, ele ficava conversando para distrair a vítima, enquanto o filho fingia ir ao banheiro e voltava após subtrair bens ou dinheiro”, afirmou o delegado.

O suspeito foi preso durante cumprimento de mandado de prisão preventiva, sendo encaminhado à Cadeia Pública de Barra do Garças, onde deve permanecer à disposição da Justiça. Já a criança foi entregue aos cuidados da avó materna. No entanto, a polícia deve pedir a intervenção do Conselho Tutelar no caso.

“A mãe do menino é usuária de entorpecentes e sumiu, então ele é criado pelo pai e pela avó. Eles vivem em situação de extrema pobreza e acaba que, quando o pai sai da cadeia, eles voltam a praticar os furtos. Quando encerrar o inquérito, vamos oficiar ao conselho, expondo a situação de vulnerabilidade da criança e eles podem perder a guarda”, disse o delegado.

Segundo o delegado, o inquérito deve ser encerrado na próxima semana e o suspeito deve ser indiciado por furto e também por corrupção de menores.