Jovem é morto a tiros em festa na região do Araguaia
NX1
O jovem Renan Luna de 22 anos foi morto a tiros por volta das 4 horas da madrugada de domingo (9/4) numa festa de acadêmicos que foi realizada em Nova Xavantina. Renan é filho do empresário Vando Luna (Luna Modas) de Água Boa. A festa foi realizada no Clube Campestre (no bairro Estilaque, no fundo do motel).
Em entrevista ao site NX1, o comandante da PM de Nova Xavantina, major Fabiano Roosevelth Escolástico, disse que Renan Luna foi vítima de bala perdida vindo de armas de marginais que estavam na festa.
O major disse que estava na festa acompanhado da esposa (Ele é acadêmico de mestrado da Unemat) e em determinado momento, foi ao banheiro, onde flagrou três pessoas fazendo o uso de entorpecente (provavelmente cocaína) e de imediato, Escolástico conta que deu voz de prisão; onde, com o susto, dois conseguiram fugir e um ficou detido com o oficial dentro do banheiro.
“Foi muito rápido. Em poucos segundos, os rapazes que haviam fugido de dentro do banheiro, chamaram outros comparsas e estes começaram a me ameaçar pedindo para que eu liberasse o rapaz detido. Com isso, me forçaram sacar a arma, uma vez que eles falavam que eu não ia levar o amigo deles preso.”, explicou.
Ainda no relato do comandante da PM de Nova Xavantina, ao tentar sair do banheiro com o rapaz detido, Renan conseguiu fugir do major em meio ao tumulto. “Havia muitas ameaças para eu soltar o rapaz. E na confusão, ele conseguiu fugir.”, disse.
Ainda de acordo com o Major, após a fuga do rapaz, os amigos começaram acua-lo de tal forma que ele foi andando de costa por volta de 70 metros até chegar a entrada do evento, quando, ele ouviu um disparo em sua direção. “Eu já havia dado dois tiros para o chão tentando intimida-los; no entanto, não obtive êxito. E após o tiro por parte deles, eu dei mais dois tiros para o chão. Eu só ouvia os dizeres: ‘vamos pegar. Ele acha que ele é homem só porque é polícia. Vamos pegar ele.”, afirmou.
Segundo o Major, mesmo com a chegada da guarnição da polícia militar, eles efetuaram cerca de cinco disparos. “Quando os bombeiros chegaram, não teve como eles socorrerem o rapaz que estava baleado por causa da situação de ‘guerra’ que se transformou. Tivemos que fazer uma incursão, até o rapaz que havia levado um tiro. E chegando lá, havia um médico dando os primeiros socorros, o colocamos na viatura e prestamos socorro imediatamente levando a vítima ao hospital municipal; onde, mais tarde, ficamos sabendo de sua morte.”, lamentou.
De imediato, o Major acionou todos os policiais militares para prender algumas pessoas que ele reconheceu na desavença. “Nenezão, Micuim, e um tal de Adrianinho. Todos com várias passagens pela polícia. Inclusive, tem várias postagens desses meliante ameaçando familiares de policiais. São marginais com mais de 20 passagens pela polícia. Haviam outros, mas como estava muito escuro e na aflição dos acontecimentos, a gente não consegue lembrar de todos.”, explicou.
Nenezão, Leonador Micuim e Adrianinho já estão presos. “a polícia militar não aceita esse tipo de coisa e a segurança vai prevalecer. Quem estiver ameaçando a polícia militar vai ser preso. Não podemos aceitar uma vida ser ceifada por ação de marginais da nossa cidade. A polícia militar não aceita e vai usar de todas as forças necessária para resolver esta situação.”, finalizou.