24 mulheres são vítimas de feminicídio em MT
De janeiro a abril deste ano, 24 mulheres foram vítimas de feminicídio em Mato Grosso, de acordo com um levantamento da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT). Do total de casos, quatro foram registrados em Cuiabá e dois em Várzea Grande, na região metropolitana da capital. Ainda segundo o balanço, em comparação com o mesmo período do ano passado, houve redução de 37% e 58% nos dois municípios, respectivamente.
No ano passado, 32 mulheres foram vítimas de femincícdio. Três mortes foram registradas em Cuiabá e outras seis em Várzea Grande.
O feminicídio é um crime de gênero cometido contra mulheres, quando há violência doméstica e familiar, e menosprezo ou discriminação à condição da mulher. A lei foi incluída no Código Penal como uma modalidade de homicídio qualificado e entrou em vigor no dia 9 de março de 2015.
Para conter o número de mulheres mortas, o governo estudar criar um grupo para auxiliar no enfrentamento ao crime.
Casos
De acordo com a Polícia Civil, a violência sexual é um dos principais motivos para as mortes de mulheres. Em Cáceres, a 220 km de Cuiabá, uma mulher foi encontrada morta, nua e com diversas lesões no rosto e no corpo.
A vítima estava sem nenhum documento de identificação pessoal e estava nua às margens de uma estrada. O corpo da mulher foi submetido a realização de exames para saber se houve abuso sexual.
O término de relacionamentos também influencia o número de mulheres mortas. Em um dos casos, a estudante de direito Ivone Oliveira Gomes, de 24 anos, foi assassinada na quitinete onde morava, no Bairro Osmar Cabral, em Cuiabá, depois de terminar o relacionamento com o namorado. Luiz Otávio da Silva, de 25 anos, foi preso algumas horas depois que o corpo da vítima foi encontrado.
Em outro caso, a estudante de direito Dineia Batista Rosa, de 35 anos, foi assassinada pelo ex-namorado, após descobrir que ele já havia matado a primeira mulher. Wellington Fabrício de Amorim Couto, de 34 anos, não aceitava o término, segundo Izaura Ribeiro, amiga da vítima.
Welington está preso desde a data do crime. Ele confessou ter estrangulado a vítima. A vítima havia ingressado com um pedido de medida protetiva para que ele não se aproximasse dela.
Dineia foi morta em uma casa, no Bairro Serra Dourada, na capital, que ela tinha comprado como presente de Dia das Mães para a mãe dela. Ela estava no local para fazer uma limpeza, quando o Welington arrombou a casa e a matou.