Ex-governador devolve 2 fazendas, avião e casa para deixar prisão
Folhamax
Solto após 1 ano e 9 meses de prisão na noite desta terça-feira, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) colocou cinco bens a disposição da Justiça para restituir os cofres públicos o prejuízo que teria supostamente causado durante sua gestão a frente do Palácio Paiaguás. Ao todo, os bens somam R$ 46.624.690,30 milhões.
O bem mais valioso é a Fazenda Serra Dourada II, de 4,1 mil hectares, na zona rural de Peixoto de Azevedo. O imóvel rural é avaliado em R$ 33.144.381,55 milhões.
Outra fazenda colocada a disposição, denominada Lagoa Dourada 1, é avaliada em R$ 10.497.101,23 milhões. A área, também na zona rural de Peixoto de Azevedo, possui 1,2 mil hectares.
O terceiro bem de maior valor colocado a disposição da Justiça pelo ex-governador é um imóvel localizado na Rua Amsterdã, bairro Rodoviária Parque, em Cuiabá. Ele foi avaliado em R$ 1.223.207,34 milhão.
O ex-governador ainda disponibilizou a Justiça uma aeronave prefixo PT- VRX modelo EMB-810D. O avião é avaliado em R$ 900 mil.
Silval ainda disponibilizou um terreno na zona urbana de Sinop avaliado em R$ 860 mil. O lote tem 2,5 mil metros quadrados.
Já o ex-chefe de gabinete Sìlvio César Correa Araújo pôs a disposição um imóvel na Rua Amsterdam, no bairro Rodoviária Parque Cuiabá. Ele é avaliado em R$ 472.916,03 mil.
Na decisão, a juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, declara que, apesar de reconhecer os bens colocados a disposição, os valores não são definitivos. Eles serão deduzidos naquilo que Silval e Sílvio deverão restituir os cofres públicos somente após suas vendas. “No que diz respeito ao ressarcimento ao erário, propriamente dito, com o fito de evitar que eventuais alienações resultem em preços inferiores e em consequente prejuízo ao erário público, deixo consignado que o valor do ressarcimento será sempre o correspondente ao, preço obtido na venda, independente das avaliações trazidas pelos rás e deverá ser abatido dos valores a serem fixados em eventual sentença condenatória”, assinala a magistrada.
Além dos bens colocados a disposição, pesou a favor da concessão da prisão domiciliar a nova postura do ex-governador. Silval Barbosa tem confessado crimes e revelado a participação de cada de membro da organização criminosa instalada em sua gestão no Palácio Paiaguás. Diante da postura, o ex-governador declarou se sentir pressionado e ameaçado no interior do estabelecimento prisional. Diante disso, pediu sua soltura, que foi deferida pela magistrada seguindo parecer do Ministério Público Estadual.