Após edital não contemplar MT, senador pede intervenção por curso de medicina na Barra

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O senador Wellington Fagundes (PR) pediu intervenção da Comissão de Educação do Senado, para tratar junto ao Ministério da Educação dos critérios que têm orientado a definição da implantação de cursos de Medicina. No último edital lançado pelo MEC, nenhuma das cidades dos estados que integram a região Centro-Oeste foram contempladas. “A gente vem lutando junto ao Ministério, que empurra para o Ministério da Saúde e vice-versa”, critica o republicano.

Em agosto, o Ministério da Educação autorizou a abertura de 11 novos cursos de medicina em todo país. A oficialização foi por meio do 1º Ato de Credenciamento e Autorização dos Cursos de Medicina do Edital nº 6/2014. Os 11 cursos vão ofertar 710 novas vagas, de um total de 2.305 que serão abertas em todo o país, até a conclusão das 36 autorizações previstas no Edital nº 6/2014.

Wellington explicou à presidente da Comissão de Educação, Lúcia Vânia (PSD-GO), e ao senador Pedro Chaves (PSC-MS) que existem várias cidades do Centro-Oeste em condições de receber cursos de Medicina e citou a cidade de Barra do Garças, que fica na divisa com Goiás. Segundo ele, a cidade tem mantenedoras em condições de ofertar curso de medicina e formar profissionais para atender toda a região do Araguaia em Mato Grosso e grande parte de Goiás.

O republicano explicou que um curso de Medicina em Barra do Garças permitirá atender a clientela estudantil de uma vasta região. O Vale do Araguaia é formado por 32 cidades com aproximadamente 480 mil habitantes.

Ao assinar a autorização dos novos cursos, o ministro Mendonça Filho anunciou que outro edital seria lançado para as contemplar as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. No entanto, até o momento, segundo o senador, não se tem conhecimento de quando acontecerá. “Daí a importância de buscarmos informações, com a força da Comissão, já que interessa a todos. Inclusive do ponto de vista do esclarecimento mais profundo das exigências.”

Wellington ressalta que, às vezes, pequenos detalhes que poderiam receber uma solução imediata acabam descredenciando municípios importantes que poderiam receber tais cursos. “Por causa de 2 mil pessoas a menos na população, a cidade perde esse curso tão importante. Eu acho um absurdo seguir critérios tão rígidos, inflexíveis e que acabam causando tantos prejuízos a uma região e aos seus habitantes”, enfatiza.

Câmpus de Rondonópolis

Na reunião da Comissão de Educação com o MEC para abordar a questão dos critérios para escolha para instalação de cursos superiores, sobretudo de Medicina, o senador Wellington Fagundes disse que quer tratar também da implantação da Universidade Federal de Rondonópolis. “Sinto uma pequena resistência por parte do Ministério nesse caso”, comenta.

O parlamentar disse aos senadores que a implantação da UFR é um sonho muito antigo da sociedade de Rondonópolis, terceira maior cidade do Estado. Trata-se do câmpus mais antigo da Universidade Federal de Mato Grosso. Ele explica que a efetivação da UFR não representaria qualquer custo ao governo, já tendo sido inclusive atestado pelo próprio Ministério do Planejamento. O projeto que cria a UFR no câmpus da UFMT está em tramitação na Câmara dos Deputados. (Assessoria do senador)