Greve no Detran de MT está longe do fim
Folhamax
A greve dos servidores do Departamento de Estado de Trânsito (Detran) entra, hoje (12), no 31º dia, sem previsão de término. A categoria cruzou os braços no dia 11 de setembro passado para cobrar reajuste da tabela salarial, que afirmam estar defasada há seis anos. O governo do Estado alega dificuldade econômica para atender à reivindicação e entrou na Justiça com ação declaratória de ilegalidade do movimento.
Porém, a desembargadora do Tribunal de Justiça (TJ/MT), Maria Erotides Kneip, não acatou o pedido de liminar do governo e deu 10 dias para o Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran) se manifestar. Enquanto isso, o impasse continua e mais de 10 mil processos se acumulam nas mesas dos despachantes, sendo o processo para confecção de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e renovação, um dos serviços mais afetados.
Segundo a presidente do Sinetran, Daiane Renner, o Estado havia chamado representantes da categoria para uma reunião na tarde da última terça-feira (11), mas após cerca de três esperando, o secretário da Casa Civil, Max Russi, não os recebeu. “Não houve nenhum atendimento. Na realidade, o governo não está aberto às negociações e se ausentou, inclusive, das audiências de conciliação no Núcleo de Mediação do Tribunal de Justiça”, disse.
Renner afirma que a categoria espera bom senso e que o governo reabra as negociações. Enquanto isso, a paralisação segue por tempo indeterminado. “Está sendo cumprido o que determina a lei (mantido 30% dos serviços), mas a adesão dos servidores é muito forte”, afiançou.
A categoria entende que o governo tem condições de atender a reivindicação. “O Detran tem condições de fazer uma política salarial justa aos seus servidores, tem condições de fazer investimento e melhorar o atendimento à população e de investir na segurança do trânsito, que é a sua função social”, avalia.
Segundo Renner, a categoria não está reivindicando nada que já não seja praticado nas demais carreiras do Estado. Em Mato Grosso, o Detran possui cerca de 930 servidores distribuídos em 71 unidades. Desde o início do movimento, o ponto dos grevistas vem sendo cortado pelo Estado.