Joaquim diz que Taques age como “coronel do interior” e vê “velhacaria” do governo

Do RDNews

O conselheiro afastado Antonio Joaquim, que aguarda o governador Pedro Taques (PSDB) assinar sua aposentadoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para se filiar ao PTB e oficializar a pré-candidatura ao governo, rejeita a pecha de representar a “velha política” já reprovada pela população. O chefe da Casa Civil Max Russi (PSB) fez a declaração durante a Caravana da Transformação em Tangará da Serra, ao defender o governo da acusação de ser um “fracasso ético” feita pelo opositor ainda na semana passada.

“Quem faz a velha política é Pedro Taques, que age como coronel do interior tentando prejudicar a oposição e grampeando as pessoas. Fui atacado pelo secretário Max Russi, mas não vou debater com ele. Aceito debater o chefe, para dizer que faço a política novíssima. Eu falo de cidadania, de participação popular e de gestão de resultados”, afirmou Joaquim na tarde de sexta (27).

Segundo ele, suas propostas contemplam hospitais funcionando, escolas com professores dando aula e crianças aprendendo, bem como segurança pública aceitável. Garante ainda que projeta políticas concretas para resolver os problemas de Mato Grosso.

“A saúde no Governo Taques é um desastre, um caos e um crime. As pessoas estão morrendo enquanto os hospitais estão fechados. Como mudar? Enfrentando o problema. Já foram quatro secretários onde jamais poderia ter essa descontinuidade”, completa, se referindo aos já exonerados Marcos Bertúlio, Eduardo Bermudez, João Batista e ao atual gestor Luiz Soares.

Além disso, Joaquim pontua que uma das maneiras de resolver o problema da saúde é aportar mais recursos no orçamento para 2018. Para viabilizar, recomenda o diálogo com os deputados estaduais que ainda não aprovaram a Lei Orçamentária Anual (LOA).

“Dos 141 municípios, mais de 100 investem mais de 20% da receita corrente líquida na saúde enquanto a lei exige 15%. Tem município que investe 43%. Porque Mato Grosso ao invés de 12%, que é o limite constitucional, não gasta 17%? Pode tirar recursos de outras políticas públicas e dos gastos com jatinho para o deslocamento do governador, por exemplo”, propõe.

Outra proposta defendida pelo conselheiro afastado é a municipalização da saúde através de parcerias e sem atrasar repasses. Destaca ainda a importância da implantação de consórcios para aquisição de medicamento, que articulou quando presidia o TCE em parceria com o Ministério Público Estadual (MPE), garantindo assistência à população, reduzindo em até 600% os custos e acabando com desabastecimento.

“Sou defensor da cidadania com controle social. Implantei no TCE os programas Consciência Cidadão e Democracia Ativa. Sou representante da nova política. Velhacaria quem faz é esse governo”, conclui.