Mulher é morta pelo ex-namorada durante visita íntima na prisão

NEWS 365

De acordo com detalhes do portal de notícias Meio Norte, uma jovem identificada como Talita Karen Miranda Ferreira de 24 anos foi assassinada pelo ex-namorado dela, Thiago Santos Brasileiro no último sábado, dia 21 de outubro. Ele tinha 32 anos e cometeu o crime dentro do Centro de Detenção Provisória de Santo André, São Paulo. Segundo os detalhes informados pelo portal, ela foi se encontrar com o homem para confirmar o término do romance dos dois, porém ao reencontrar o ex, a jovem foi estrangulada até a morte durante a visita íntima.

O casal permaneceu junto por quatro meses, segundo a família dela, o homem tentava controlar a vida da vítima dentro da prisão. Aos parentes ela disse que iria conversar com o homem para que ele parasse de uma vez por todas com aquilo. Essa foi a última conversa que ela teve com os familiares. A morte dela foi anunciada para a família por meio de um telefonema vindo de um número desconhecido, onde uma voz disse que tinha uma notícia “chata” para dar: “sua irmã foi encontrada morta dentro da penitenciária”, disse. Então os próprios familiares precisaram comunicar os diretores do presídio sobre a morte de da detenta.

O acontecimento foi registrado em um boletim de ocorrência da quarta Delegacia de Polícia de Santo André, onde está descrito que o diretor da unidade prisional, o Sr. Odair Gomes ordenou que a cena de número 58 da ala D fosse vistoriada porque “possivelmente haveria uma moça em óbito”.

Três servidores da penitenciária encontraram o corpo da jovem já sem vida embaixo do beliche da cela. Em depoimento dado às autoridades competentes, Thiago confirmou ter assassinado a ex-namorada Talita em um “momento de ira”. O texto do boletim de ocorrência informa que o interrogado afirmou ter se arrependido do que fez, mas “na hora estava com muita raiva”. Ele foi autuado por feminicídio.

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas, a taca de feminicídios no Brasil é a quinta maior no mundo. São 4,8 mulheres mortas apenas pelo fato de serem mulheres e com requintes de crueldade em um grupo de 100 mil. O mapa da violência falou sobre o feminicídio em um comparativo de dez anos, ente 2003 e 2013, o número de mulheres negras assassinadas foi de 54%, passando de 1864 para 2875. Em 2015 a Lei do Feminicídio foi sancionada e alterou o código penal do Brasil ao tipificar o crime. A lei determina que seja considerada a faixa etária entre menos de 14 e mais de 60 anos.

O fato de estar grávida ou ter tido o bebê recentemente também são levadas em consideração, a presença de ascendentes ou descendentes no momento do crime ou se a pessoa tem alguma deficiência também definem a punição.