Major que atirou em PM é acusado de envolvimento de morte universitário em Nova Xavantina
Do Folhamax
A Polícia Militar informou que vai abrir inquérito para apurar a conduta do major, Roosevelth Oliveira Escolástico e do soldado Raimundo Henrique Leal. Ambos se envolveram num tiroteio que interrompeu o show do cantor Gusttavo Lima, no “Festival Rebouças”, em Rondonópolis.
Segundo boletim de ocorrência, o soldado que está preso na Delegacia de Rondonópolis, foi agredido com uma garrafada na cabeça por uma terceira pessoa. Ele reagiu efetuando um disparo de arma de fogo para o alto e em seguida fugiu.
O major, que estava com familiares no show, sacou sua arma e foi atrás do soldado no estacionamento do Parque de Exposições. Até então, o oficial não sabia que se tratava de um policial e deu voz de prisão a ele.
Na abordagem, o major atirou na perna do soldado. O militar baleado foi levado ao Hospital Regional de Rondonópolis, onde recebeu atendimento médico e foi liberado.
Porém, um fato curioso chama a atenção. O boletim de ocorrência é assinado pelo próprio major Escolástico, que estava a paisana e de folga, além de ser um dos envolvidos no caso.
MORTE DE UNIVERSITÁRIO
Envolvido na confusão no show do cantor sertanejo, o major da Polícia Militar, Roosevelth Escolástico já teve envolvido em outro caso polêmico em abril deste ano. Durante uma festa de alunos da Unemat de Nova Xavantina, um jovem morreu com um tiro na cabeça durante uma ação da PM no local.
O major era o comandante da Polícia Militar no município na época do fato. O estudante Renan Luna, 22 anos, foi morto quando deixava a festa, organizada por estudantes da Unemat (Universidade do Estado de Mato Grosso), e ia em direção ao carro.
O major negou ter sido o autor do disparo contra o estudante, Segundo ele, a confusão ocorreu porque encontrou três jovens usando cocaína no banheiro e deu voz de prisão.
Ele disse que foi acusado pelos demais presentes, que tentavam impedir as detenções. Diante disso, fez um disparo para o chão, que não teria atingido ninguém.
O major afirmou ainda que outros disparos foram feitos na confusão. Ele assegura que o tiros que matou o jovem não saiu de sua pistola.
Após este episódio, Roosevelth Escolástico foi transferido para Rondonópolis.