Barra do Garças perde uma pioneira; cunhada do primeiro prefeito da cidade
Do Araguaia Notícia
Uma notícia triste para os moradores mais antigos de Barra do Garças faleceu na madrugada de terça-feira (5), a dona Leonídia da Silva, aos 95 anos, esposa do finado Pedro Paulo de Medeiros, o “sêo” Pedroca, que era irmão do primeiro prefeito de Barra do Garças, falecido Antônio Paulo da Costa Bilego.
Dona Leonídia morreu em decorrência de complicações na saúde. Nos últimos meses ela estava com a saúde muito debilitada. Ela chegou ainda muito nova na região de Barra do Garças logo depois que o cunhado Antônio Bilego desmembrou e emancipou a cidade de Barra do Garças em 1948. Então ela veio acompanhando o Pedroca que era construtor e fez várias pontes na região.
O senhor Pedroca participou da construção das primeiras pontes de madeira do Vale do Araguaia sobre o rio Barreiro em General Carneiro; do Corrente indo para Vale dos Sonhos e de duas pontes sobre o rio 7 de Setembro na região de Canarana. E neste período o casal teve 13 filhos, dos quais dez estão vivos pra contar a história: Estalin, Benedito, Enói, Celerinda (Celé), Juscelino (Cubi), Pedro Antônio conhecido Neguinho do Pedroca; Ana Maria, Benedita, Olinda e as recordações dos três que já se foram: Antônio Bilego Sobrinho, Estela e Petrônio.
A primeira residência da dona Leonídia em Barra do Garças foi nos fundos de uma olaria que o Pedroca montou na avenida Antônio Bilego próximo a rotatória da ponte do rio Garças onde hoje tem uma marmoraria. Depois eles compraram uma casa na rua Rafael Cardoso acima da sede dos Correios onde ela viveu até os últimos dias de sua vida.
No ano passado, dona Leonídia deu uma entrevista para Tv Band de Barra do Garças recordando várias histórias sobre os pioneiras da cidade. Bastante, dona Leonídia era sempre procurada por pesquisadores e professores que queriam saber mais sobre os pioneiros da cidade de Barra do Garças. Ela viu praticamente a cidade nascer.
Natural da de Nobres-MT, dona Leonídia nasceu no dia 10 de janeiro de 1922 e morou com esposo em Cuiabá antes de vir para Barra do Garças. Foi uma senhora de fibra e de raça que criou com todo amor à família e claro escreveu a história dela junto aos pioneiros barra-garcenses.
A família informa que a pioneira está sendo velada na casa dela na rua Rafael Cardoso e enterro será no final da tarde no cemitério do centro ao lado do esposo Pedroca.