Polícia Civil prende autores de latrocínio de indígena desaparecido

Assessoria

O corpo do professor indígena, Daniel Cabitchana Tapirapé, 37 anos, foi localizado na tarde desta segunda-feira (29), na periferia da cidade de Confresa. O indígena da aldeia Hawalora, no município de Santa Terezinha, estava desaparecido desde o dia 16 de janeiro e foi encontrado, após a prisão de dois homens maiores de idade e apreensão de um menor de 15 anos.

Os suspeitos, Romilson Ferreira da Silva, 22, e Fernando Nascimento Diniz, 18, confessaram a morte do indígena, a pedrada, motivada para roubar a motocicleta e também dinheiro da vítima. Um menor de 15 anos, iniciais G.M., que também participou do crime, foi apreendido no município de Santa Terezinha.

As prisões são frutos da ação conjunta da Delegacia de Confresa, equipe do Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra) da Regional de Vila Rica, e policiais de Santa Terezinha.

O delegado de Confresa, André Rigonato, informou que será solicitado exame de DNA do corpo devido ao estágio avançado de decomposição, já em processo de esqueletização. “A perícia e o legista explicaram que devido a exposição térmica na região e as grandes chuvas pode acontecer, mas somente o DNA para afirmar a identidade. Vamos levar a mulher dele para reconhecer a roupa e já vamos coletar o DNA do filho para confronto”, disse.

“Os presos confirmaram a prática delitiva, do roubo e da morte, e levaram as equipes até o local e onde a motocicleta foi deixada”, completou Rigonato.

Segundo o delegado, quando abordado, o professor estava em um bar na área central da cidade ingerindo bebida alcoólica. Os suspeitos também estavam no estabelecimento e perceberam que o professor indígena tinha dinheiro, então decidiram roubar à vítima, que reagiu entrando em luta corporal e terminou morta a pedrada.

Os suspeitos afirmam que somente levaram R$ 20 reais e a motocicleta da vítima, que caiu em um buraco e foi abandonada, cerca de 1 quilômetro do corpo da vítima, próximo de um condomínio em construção.

De acordo com a família, o indígena saiu no dia 16 de janeiro, da aldeia Hawalora, em Santa Terezinha, com documentos, cartão de crédito do Banco do Brasil e R$ 4 mil, que levava para depositar uma agência bancária de Confresa. A vítima estava em sua motocicleta e teria sido visto pela última vez na aldeia Urubu Branco, onde dormiu na casa da sogra e depois não tiveram mais notícias.

O suspeitos serão autuados em flagrante por roubo seguido de morte (latrocínio) com pedido de conversão para prisão preventiva.