Polícia prende mais dois por sequestro e tortura de motorista em Barra do Garças

A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Barra do Garças (DERF-BG) prendeu mais dois criminosos envolvidos nos crimes de sequestro, roubo, tortura, associação criminosa, porte e posse ilegal de arma de fogo. Os crimes iniciaram em 09 de janeiro, após abordagem no Estado de Goiás.

Os investigados Adair da Silva Assunção, conhecido como “Cocó” ou “Surubim” e Tayrone Alves Silva, foram presos neste final de semana em ação de cumprimento de mandado de prisão preventiva, após representação da Polícia Judiciária Civil.

O motorista de um veículo saveiro foi abordado pelos criminosos após sair de Bom Jardim de Goiás, e depois conduzido até Barra do Garças, onde foi mantido por 24 horas em cativeiro no bairro São João, sendo privado de água e alimentos.

Segundo o delegado Joaquim Leitão Júnior, os investigados Adair e Tayrone, possuem várias passagens criminais e não reúnem condições mínimas de serem reiterados ao meio social.

“Para se ter ideia da gravidade dos fatos, a vítima foi obrigada a urinar em suas vestes, uma vez que os criminosos não deixaram ela ir ao banheiro, e também os criminosos usaram drogas, dando “baforada” de fumaça de maconha no rosto da vítima dizendo a toda instante que iriam matá-la”, afirma.

A vítima foi resgatada pela Polícia Civil em 10 de janeiro. Na ocasião, dois criminosos foram presos em flagrante, Wesley Iranildo Ribeiro e Wanderson Sousa Costa. Ambos foram autuados por sequestro e cárcere privado, roubo, associação criminosa e tortura. Dentro da casa, os policiais apreenderam uma arma de fogo e munições, deixadas pelos criminosos na fuga.

As investigações apontaram que um membro da associação criminosa teria obrigado a vítima a inserir os nomes de seus familiares e grau de parentesco. “Afirmaram que se a vítima dissesse alguma coisa à polícia, os criminosos procurariam cada um de seus parentes para acertar as contas, numa verdadeira intimidação e retaliação”, conta o delegado.

Em seu interrogatório, Adair da Silva Assunção, vulgo “Cocó” ou “Surubim”, confessou o crime com frieza e confidenciou inclusive ser membro de uma organização criminosa que age dentro e fora de unidades prisionais.

Os presos foram encaminhados à Cadeia Pública e ficarão à disposição da Justiça. As investigações prosseguem para elucidar o envolvimento de outras pessoas na ação criminosa. (Assessoria da PJC)