Em protesto, índios cobram agilidade do MP sobre suspeitos de matar professor
Um grupo de índios da etnia Tapirapé realizou na tarde desta quarta (14) um protesto em frente ao Ministério Público em Porto Alegre do Norte (a 1.141 km de Cuiabá), cobrando agilidade no caso do assassinato do indígena Daniel Kabixana, ocorrido na segunda quinzena de janeiro. Os suspeitos foram presos após confissão de envolvimento com o crime, entre eles, um adolescente de 15 anos.
Com os corpos pintados, bordunas, arco e flechas, os indígenas se aglomeraram em frente ao MPE como forma de “pressionar” a Promotoria de Justiça a dar celeridade no caso para que os suspeitos sejam julgados e condenados pelo crime. Como não tinha expediente nesta quarta, os índios encontraram os portões fechados.
Este é o segundo ato realizado pelos Tapirapés desde a prisão dos três suspeitos, em 29 de janeiro. No dia 30, eles ocuparam a porta da Delegacia Municipal de Confresa (a 1.160 km de Cuiabá) exigindo justiça. Os protestos têm sido pacíficos, apenas para mostrar que eles estão atentos ao andamento do caso.
Daniel Kabixana foi morto em 17 de janeiro depois de sair de um bar em Confresa e ser seguido pelos jovens Romilson Ferreira da Silva, de 22 anos, e Fernando Nascimento Diniz, de 18, e um adolescente de 15 anos. Eles mataram o indígena a pedradas para roubar a motocicleta e R$ 20 em dinheiro.
O índio, que era professor na Aldeia Hawalora, em Santa Terezinha (a 1.329 km da Capital), tinha sido visto pela última vez na aldeia Urubu Branco, em Confresa, onde pernoitou na casa da sogra. No dia seguinte ele se deslocou à cidade para fazer o depósito de R$ 4 mil em uma agência bancária. Os jovens estavam no mesmo bar onde a vítima ingeriu bebida alcoólica.
O local onde o corpo de Daniel foi jogado, na periferia de Confresa, foi indicado pelos suspeitos logo após a prisão. (RDNews com informações do Olhar Alerta)