Eduardo Moura pede demissão do cargo que ocupava no Governo Taques
Folhamax
Após a entrega da carta do presidente estadual do PSD em Mato Grosso e vice-governador, Carlos Fávaro, informando ao governador Pedro Taques (PSDB) de que adotará a partir de agora uma postura independente em relação a gestão estadual, o partido entregou na tarde desta segunda-feira o primeiro cargo. Coube ao agora ex-presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager-MT), Eduardo Alves de Moura, ser o primeiro a pedir sua exoneração.
Ele foi um dos coordenadores de campanha de Taques na região do Araguaia em 2014 e estava desde o início da gestão no Governo. Moura foi secretário do Gabinete de Desenvolvimento Regional (GDR), mas foi indicado para assumir a agência em julho de 2016.
Na carta em que pede exoneração do cargo, Eduardo Alves de Moura chama Taques de amigo e afirma que deixa o cargo por lealdade ao governador e ao partido. O presidente da Ager chega a brincar com uma das frases muito usadas pelo chefe do executivo estadual, onde ele diz que só iria falar de política depois de “comer a canjica” na Semana Santa. “Caro governador. Permita-me chamá-lo de amigo neste momento em que, ao agradecer a oportunidade que você me deu de servir a Mato Grosso, peço minha demissão do cargo de presidente da Ager. Assim o faço por lealdade a você e por determinação do PSD, partido ao qual estou filiado. Neste momento, após comer a canjica, devem permanecer ao seu lado aqueles que, independente de posições partidárias, estarão com você na campanha”, disse.
Eduardo Moura, com isso, dá a entender que não apoiará Taques em sua reeleição, ao contrário do que querem por exemplo os deputados da sigla. O partido vive um racha, onde os parlamentares preferem continuar na base aliada do governador.
Do outro lado, está o vice-governador, além do presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Neurilan Fraga, que preferem ir para a oposição. Ainda ocupam cargos de destaque na gestão tucana sob indicação do PSD, o secretário de Ciências e Tecnologia, Domingos Sávio, e o presidente da Empaer, Layr Motta.
Eles devem pedir exoneração ainda nesta semana. No entanto, Sávio pode ficar no cargo e deixar a legenda.