Polícia investiga se recém-nascida foi levada à força de MG para MT ou doada pela mãe

Gazeta Digital

A Polícia Civil apura se a recém-nascida que foi resgatada na rodoviária de Cuiabá, na noite dessa sexta-feira (20), realmente foi levada à força da casa da mãe, em Santa Rita do Sapucaí (MG).

A suspeita de levar a bebê, Patrícia Severino da Silva, de 28 anos, foi presa em flagrante e disse à polícia que a bebê havia sido doada à ela porque a mãe não tinha condições de criá-la.

A apuração da polícia teve início porque a mãe da bebê, Maria Gedislene dos Santos, também está em Cuiabá. De acordo com o delegado Frederico Murta, que participou do resgate da criança, Gedislene teria vindo para Mato Grosso para buscar a filha.

Pouco antes da abordagem dos policiais, na rodoviária, a polícia observou, à distância, que as duas mulheres conversaram e que Patrícia chegou a entregar a bebê para à mãe.

Segundo a polícia, Gedislene teria dito que Patrícia havia se aproximado e conquistado a confiança dela logo após o parto e, num momento de descuido da mãe, teria levado a criança.

Porém, a versão de Patrícia é a de que Gedislene teria dado a recém-nascida a ela, alegando que não teria condições financeiras de criar a menina, mas teria se arrependido e ligado para a suspeita, pedindo a filha de volta.

Patrícia foi presa no estacionamento do terminal rodoviária e deve passar por audiência de custódia ainda neste sábado (21).

A polícia continua investigando o caso para comprovar a relação entre as duas mulheres e saber se a criança foi mesmo levada contra a vontade da mãe.

O fato foi comunicado ao Ministério Público e Juizado da Infância e Juventude da capital. A bebê, por sua vez, foi encaminhada pelo Conselho Tutelar para um abrigo.

O caso

A recém-nascida tem, aproximadamente, 15 dias de vida. De acordo com a certidão de nascimento, ela nasceu no dia 5 de julho, em Santa Rita do Sapucaí (MG).

Segundo a polícia, a mãe foi quem procurou a polícia para informar que a suspeita tinha levado a filha de dentro da sua casa. Após identificarem Patrícia, a polícia de Minas Gerais descobriu que ela há já havia sido presa em Rondônia por fato semelhante.