“Maníaco da Lanterna” soma 202 anos de prisão em MT
Gazeta Digital
O serial killer Claudio de Souza, 48, conhecido como “Maníaco da Lanterna”, foi condenado a mais 21 anos de prisão pelo assassinato de Sirlene Ferreira de Souza, morta a tiros em julho de 2003, em Alta Floresta. A pena foi imposta na última segunda-feira (20) durante tribunal do júri presidido pelo juiz Roger Augusto Bim Donega.
Somando todas as condenações, o Maníaco acumula 202 anos de prisão. Até então, a última condenação do criminoso tinha ocorrido em junho deste ano, quando foi anunciada outra pena de 60 anos de prisão pelos assassinatos de Geyle Cristina da Silva Vieira, em 2004, e Maria Célia da Silva Santos, em 2005. Todos os homicídios foram cometidos no município de Alta Floresta.
Sirlene tinha apenas 19 anos quando foi morta por Claúdio que a atacou dentro de casa, com um tiro à queima roupa na cabeça. Apesar de não ter sido encontrado sinais de estupro, a jovem foi molestada. A calcinha foi encontrada dentro do órgão genital.
São pelo menos 10 crimes de homicídio contabilizados pela Justiça cometidos pelo serial killer, que matava homens e estuprava mulheres antes de matá-las também. Porém, há outros assassinatos a serem confirmados como de sua autoria. O magistrado considerou desiquilibrada a conduta do criminoso. “Lembro que o réu é criminoso contumaz, “serial killer” desta Cidade e Comarca de Alta Floresta que disseminou o terror, o medo, o ódio, o pavor em seus habitantes até que fosse preso, e, após fuga ainda continuou a cometer tantos outros delitos quanto pode até ser novamente encarcerado o que por óbvio não lhe favorece qualquer redução de pena”, destacou o juiz Roger Augusto ao lembrar do histórico criminal de Souza que era réu confesso e foi condenado por homicídio qualificado.
Ao descrever a sentença o juiz afirmou que Claúdio é um psicopata, que não tem condições de viver em sociedade. “O comportamento do réu foi doloso, premeditado e ardil, posto que ao colher a vítima com um único disparo de arma de fogo em sua cabeça de inopino, não deu chances para qualquer reação ou até mesmo ser socorrida. Some-se a isso o fato de que o mesmo a atacou em sua casa sem qualquer motivo aparente, somente visando satisfazer sua gana por sangue, a executou sem quaisquer sinais de arrependimento. Mesmo após este crime sórdido, ainda, a arrumou na cama como se a mesma estivesse dormindo visando ocultar ao máximo sua empreitada criminosa impossibilitando que a mesma fosse encontrada imediatamente para poder sumir.” frisou o juiz.
De acordo com a sentença, Claúdio cumprirá a condenação em regime fechado, sem o direito de apelar em liberdade. O magistrado ainda reforçou um pedido de prisão provisória para garantir que o réu cumpra a pena. Para os familiares da vítima, Roger Augusto determinou o pagamento de R$ 50 mil como valor de reparação pelos danos causados em razão da morte de Sirlene.
Claudio de Souza ficou conhecido ganhou esse apelido porque iluminava o rosto de suas vítimas, a quem chamava de “porcas”. Ele foi preso pela primeira vez em 2002, quando confessou 9 assassinatos e 2 tentativas de homicídio. Oito meses depois ele fugiu da Cadeia Pública de Alta Floresta e voltou a fazer novas vítimas na cidade.
Somente em 2008 ele foi recapturado e preso desde então no Presídio Ferrugem, em Sinop.