Operação prende 30 integrantes de facção em Mato Grosso

Folhamax

Investigações da Polícia Judiciária Civil conduzidas pela Delegacia de Juína desarticularam uma organização criminosa que atuava fortemente com o tráfico de drogas no município e região, resultando na prisão aproximadamente 30 pessoas envolvidas em diversos crimes. Ao longo dos trabalhos da operação denominada “Camisa Vermelha”, foram apreendidos cerca de 50 quilos de entorpecentes, aproximadamente R$ 25 mil em dinheiro e 06 armas de fogo.

Apontado como líder da facção, Evandro Luz de Santana, conhecido como “Mano Santana” teve o mandado de prisão cumprido na sexta-feira (08.02), na Penitenciária Central do Estado (PCE) em Cuiabá, de onde mandava as ordens e coordenava a ação do grupo criminoso. A Polícia ainda procura por Ederson Antunes Lopes, conhecido como “Playboy”, acusado de atuar como gerente do grupo e que continua foragido.

As investigações, coordenadas pelos delegados Edison Ricardo Pick e Marco Bortolotto Remuzzi, iniciaram no mês de setembro de 2018 com a prisão de um outro líder da quadrilha, Raffael Aruã Pompeu Amorim Souza, o “Mano Gordão”, responsável por determinar e implantar as primeiras ordens da organização criminosa na cidade de Juína. O suspeito também teve o mandado de prisão cumprido dentro do presídio, Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), onde cumpre pena por outros crimes.

Segundo o delegado, Edison Pick, as determinações visavam estruturar toda a logística do tráfico, desde o cadastramento de “lojistas” (traficante cadastrado, que atua na venda de droga e paga um valor mensal para facação), que eram obrigados a vender drogas somente para a organização criminosa, fazer o recolhimento de dinheiro referente a comercialização de drogas.

“Com o desdobramento das investigações foi revelado que havia uma rede de pessoas cadastradas e aliciadas pela organização criminosa para atuar no controle e estruturação do tráfico de drogas na cidade de Juína e região noroeste”, disse o delegado. Nesse ponto da investigação, foram identificados os dois líderes da organização, responsáveis por dirigir todas as ações e logísticas da facção, com objetivo de determinar e assegurar reiteradamente o comércio de drogas, além de outros crimes relacionados.

O nome da operação “Camisa Vermelha” está relacionada as pessoas de confiança dos líderes, chamados de “Camisas” que atuavam do lado de fora do presídio. “Os ‘camisas’ funcionavam como braços direitos dos chefes (presos) para estruturar o tráfico de drogas em Juína. Gerenciando a atividade ilícita do lado de fora, eles tinham a função de disciiplinar os integrantes do grupo, falar sobre as regras da organização, fazer cobranças de valores e aplicar punições, cada um em sua localidade determinada”, explicou Pick.

Entre as pessoas presas está a traficante, Marta Souza Amorim, 26 anos, acusada de mandar matar a jovem, Raquel Meira Duarte, de 22 anos na cidade de Castanheira (779 km a Noroeste). A prisão foi efetuada no dia 23 de janeiro, em Juína, e foi motivada por dívida relacionada ao tráfico de drogas. O irmão da vítima estava junto e conseguiu escapar ileso dos tiros disparados por um suspeito, correndo para o outro lado da estrada e se escondendo em uma mata. Dois homens que participaram da execução foram presos na ocasião do crime.

Durante a operação, foram presos outros traficantes locais (lojistas) que pegavam drogas e pagavam as mensalidades para a organização criminosa. O delegado Edson Pick ressalta que a identificação do grupo e o sucesso da operação foi possível graças ao empenho dos policiais da Delegacia de Juína que não mediram esforços para desarticulação do grupo criminoso. “Quero agradecer toda a equipe de investigadores e escrivães, que participaram dos trabalhos, uma vez que sem a dedicação deles a operação não alcançaria o mesmo êxito. O reconhecimento do empenho da equipe nos deixa de alma leve e nos permite mostrar a quem nos faz bem o quanto é importante acreditar no trabalho das pessoas”, destacou o delegado.

Segue lista de integrantes da facção criminosa, identificados e presos durante a operação..

Evandro Luz de Santana, o “Mano Santana”, preso por conta de mandado de prisão, exercia a função de líder e atuava mesmo preso dentro da PCE;

Raffael Aruã Pompeu Amorim Souza, o “Mano Gordão”, preso por conta de mandado de prisão, exercia a função de líder e atuava mesmo preso na CRC;

Mart Souza Amorim, a “Morena”, presa por conta de mandado de prisão, exercia a função de gerente geral;

Ederson Antunes Lopes, conhecido como “Playboy”, está foragido, exerce a função de gerente geral;

Lucas Ferreira do Prado, o “Brilhante”, preso por conta de mandado de prisão;

Marcos Antonio Rodrigues, conhecido como “Markola”, preso por conta de mandado de prisão;

Edson Gomes de Oliveira, conhecido como “Edisinho” ou “Paulistinha”, preso em flagrante;

Eric Ruan Bueno Ferreira, o “Derick”, preso em flagrante;

João Paulo de Lima Sanzovo, o “Progresso” ou “Polaquinho”, preso em flagrante;

Cristian Willian da Silva Rosa, o “Willinha”, prisão em flagrante;

João Paulo Vasconcelos Santiago, conhecido como “Nego João”, preso em flagrante;

João Paulo de Souza Massarolo, o “Coca” ou “157”, preso em flagrante;

Alexsandro Claro da Silva, o “Indião” preso em flagrante

Harisson Patrick de Oliveira Ferreira preso em flagrante

Cristiano Rodrigues Correia, preso em flagrante;

Luís Fernando da Silva Rosa preso em flagrante;

Cleberson Willian Domingues Gonçalves, conhecido como “15” preso em flagrante;

Dalino Marques da Silva, o “Danilo” preso em flagrante

Angélica de Oliveira Renau presa em flagrante

Pedro Henrique Bueno Ventura, preso por conta de mandado prisão;

Wesley Freire Gelbari preso em flagrante

Daniel Marques Lobato, o “Guey”, preso em flagrante.

Alexssandro Dimas Monfardini, o “Neguinho”, preso em flagrante

Nayara Aparecida dos Santos, conhecida como “Nay” presa por conta de mandado de prisão.

Marcelo Campos de Souza, conhecido como “Teu”, traficante local que pagava mensalidade para a organização

Fabiana Moreira da Silva, a “Bia”, traficante local que pagava mensalidade para a organização

João Paulo da Silva Souza, o “Nego”, traficante local que pagava mensalidade para a organização

Edmar Barbosa Borges, conhecido como “Polaco”, traficante local que pagava mensalidade para a organização

Paulo Lopes Ferreira, o “Paulo Cascão”, traficante local que pagava mensalidade para a organização