Professores de MT citam arrependimento por voto em Mauro e sinalizam com greve em maio
Folhamax
Assembleia Geral do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Groso, nesta segunda-feira (25.03), na escola Estadual Professor Nilo Póvoas, em Cuiabá, deliberou por indicativo de greve para o dia 20 de maio, com paralisação de um dia em 24 de abril. A categoria considera os atos como um “manifesto contra o desmonte da Educação Pública no país e em Mato Grosso”.
Durante duas horas, em discursos inflamados dos trabalhadores e trabalhadoras da educação, ficou registrado o descontentamento da categoria com as leis aprovadas pela gestão Mauro Mendes (DEM). O número insuficiente de profissionais nas escolas, os recorrentes atrasos de repasses da merenda dos estudantes, as portarias que desconstrõem a organização escolar, promovendo redução de estudantes nas escolas, a falta de infraestrutura dos prédios e o calote na Lei da RGA de 2018, são os motivos para a indignação dos trabalhadores.
Contudo, a maioria definiu por aguardar o cumprimento da campanha salarial, na data-base em maio para concretizar a mobilização. O objetivo é trazer para a luta “aqueles e aquelas arrependidos do voto dado ao governador Mauro Mendes”.
O balanço relatado pelos dirigentes regionais durante o Conselho de Representantes do Sintep/MT, dias 23 e 24 de março, e reforçado nas manifestações na Assembleia sinalizaram que o cenário, apesar de favorável, ainda não estava forte o suficiente para consolidar uma greve unificada. “Iremos fazer uma paralisação de advertência no dia 24 de abril, para dizer ao governo que não aceitamos a retirada de direitos tampouco a forma como vem tratando a Educação aqui no estado de Mato Grosso”, concluiu o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira.