Ex-deputado José Riva tem princípio de infarto e é internado em UTI de hospital

G1 MT

O ex-deputado José Geraldo Riva, de 60 anos, foi internado na noite dessa quarta-feira (29) no Complexo Hospitalar de Cuiabá com princípio de infarto.

A filha dele, a deputada estadual Janaína Riva (MDB), informou, em uma rede social, que o pai está bem e fora de risco, mas ainda está em observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da unidade de saúde.

“É uma hemorragia subaracnoidea (HSA), um extravasamento súbito de sangue no interior do espaço subaracnoideo. Nós estávamos com receio de que fosse por conta de um aneurisma. Os exames realizados nessa madrugada mostraram que não houve a ruptura de aneurisma”, disse Janaína.

Riva passou por uma angiografia, um método de exame não invasivo que serve para visualizar as artérias e veias do corpo.

“Posso garantir que não existe comprometimento de fala, movimento ou qualquer outra anormalidade. Entendo da preocupação de todos, agradeço as orações e mensagens a mim enviadas”, finalizou a deputada.
José Riva deve ficar em observação na UTI e a família não informou a previsão de alta médica.

Trajetória
O ex-parlamentar retirou-se da vida pública em fevereiro de 2015, após cinco mandatos consecutivos como deputado estadual. Na ALMT, ocupou os cargos de presidente e primeiro-secretário da Mesa Diretora.

Em 2014 chegou a ser preso pela Polícia Federal durante a Operação Ararath e passou três dias atrás das grades. Meses depois, tentou candidatar-se ao governo do estado, mas teve o registro cassado em função da Lei da Ficha Limpa. No lugar dele concorreu a mulher, Janete Riva, que perdeu a eleição.

Em 2015, ele voltou a ser preso durante as operações Ventríloquo e Metástase, também acusado de desvio na ALMT, mas foi solto após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Naquele mesmo ano, o Conselho Deliberativo do extinto Fundo de Assistência Parlamentar (FAP) da ALMT aprovou o pagamento de pensão vitalícia ao ex-deputado.

Em março de 2017, Riva foi condenado a 21 anos e oito meses de prisão por desvio de R$ 5,4 milhões, em valores corrigidos, da ALMT por meio de uma empresa de fachada. A decisão também foi proferida pela juíza Selma Arruda. Essa foi a primeira condenação penal dele pelos crimes que foram investigados durante a operação Arca de Noé, da Polícia Federal.

Dois meses depois, ele foi novamente condenado pela juíza Selma Arruda, dessa vez a 22 anos e quatro meses de prisão, por desvio de dinheiro do Legislativo mato-grossense. A fraude ocorreu por meio de uma factoring de propriedade do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.