Caminhoneiro mata outro em briga por vaga em fila de posto

Folhamax

Uma briga entre dois caminhoneiros no pátio de um posto de gasolina em Matupá (MT) terminou com o assassinato de Valdeci dos Santos, 48 anos, na manhã deste sábado (20). O local, chamado Posto Mirian, está localizado perto da rodovia federal BR-163, já na zona rural da cidade.

Conforme o narrado no boletim de ocorrência, testemunhas informaram a Polícia Militar que os colegas de trabalho se desentenderam e iniciaram uma discussão. O bate-boca evoluiu para uma troca de socos, mas a vítima armou-se de uma barra de ferro com a qual atingiu pelo menos três vezes seu algoz, até que este sacou um revólver calibre 32 e disparou pelo menos cinco vezes.

Ele tentou fugir logo na sequência, entrou em seu caminhão e saiu, mas o rumo tomado por ele foi informado aos militares por amigos que trabalhavam na mesma empresa que Valdeci. Enquanto a Polícia Judiciária Civil e a Politec isolavam a área depois que a ambulância do socorro móvel de urgência oficializou o óbito, uma viatura da PM conseguiu alcançar o fugitivo, que havia escondido seu caminhão nos fundos da empresa Vipal, e o prendeu enquanto ele tentava se esconder num matagal atrás do posto Mirian.

Dentro do caminhão foram encontrados, além do revólver, várias pastilhas de anfetamina, remédio estimulante conhecido popularmente como “rebite”, além das cápsulas disparadas e uma munição inteira. “No local nos foi informado que a vítima e o suspeito haviam entrado em vias de fato por uma vaga na bomba de combustível e que após uma ferrenha discussão a vítima, de posse de uma barra de ferro, tentou acertar o suspeito. Dessa maneira, de posse de uma arma de fogo, ele sacou de sua cintura e efetuou alguns disparos que acertaram a vítima”, consta no bo.

O caminhoneiro assassinado conduzia um bitrem de propriedade da empresa Carnevali – Transportes que carregava um trator repassado a outro funcionário da mesma empresa, para que a carga seguisse seu destino.

Em sua defesa, o matador alegou que Valdeci começara a agressão, acertando com a barra de ferro e que só atirou para se defender, porque teve medo de morrer. Teria tentado, ainda, acertar a perna do homem, mas ele não parava, então foi obrigado a atirar mais e mais vezes, pois “não sabia” se havia ou não acertado a vítima. Queixou-se de machucados no braço esquerdo e na cabeça, apesar destas não estarem aparentes, onde Valdeci teria lhe acertado um soco. Ele confirmou que a arma encontrada foi a utilizada no homicídio.