PM é preso suspeito de matar esposa na frente do filho por não aceitar separação

G1 GO

Um policial militar que estava afastado das funções foi preso suspeito de matar a própria esposa com um tiro na cabeça, em Montes Claros de Goiás, no oeste goiano. O crime foi registrado no domingo (18), logo depois de a vítima sair da missa e ir jantar com o filho do casal, de 3 anos. Tudo aconteceu na frente da criança.

Por meio de nota, a Polícia Militar disse que abriu um procedimento administrativo para avalia-lo, e disse que o investigado está detido no Presídio Militar, em Goiânia.

O G1 não conseguiu identificar quem representa a defesa do policial para pedir um posicionamento sobre o caso.

O delegado Ramón Queiróz, que é o responsável pelo caso, disse que o casal estava em processo de separação, mas que o policial, Walter José Gonçalves, 52 anos, não estava aceitando muito bem.

As investigações apontaram que a vítima, a oficial de Justiça Elina Divarnada Carvalho Gonçalves, de 39 anos, saiu da missa com o filho do casal e, quando foram jantar, ela recebeu uma ligação do PM. Conforme as apurações ele teria dito que queria conversar, ela o chamou ate o local e, quando ele chegou, deixou a criança com conhecidos e foi falar com ele.

“Ele a chamou para conversar e atirou na cabeça dela. A criança e as pessoas que estavam no estabelecimento viram tudo. Depois disso ele fugiu, mas foi encontrado por policiais militares”, disse.

Também segundo o delegado, logo depois da fuga, o homem começou a ameaçar tirar a própria vida. “Foram necessárias 6 horas de negociações com ele até que ele se entregasse”, completou.

Conforme a Polícia Civil, a arma oficial do investigado havia sido recolhida quando ele foi afastado da função. A arma usada no crime era um revólver de calibre 38 que ele tinha registrado em seu nome, de acordo com Queiróz.

Segundo o delegado, não há outros registros na Polícia Civil de qualquer histórico de violência entre os dois.

Queiroz disse que o PM deve ser indiciado por feminicídio e porte ilegal de arma de fogo, porque, apesar de ter a licença para ter a arma, ele não poderia portá-la, como teria feito.