Queimada atinge área de preservação e deixa rastro de destruição em floresta e dezenas de animais mortos
G1 MT
Uma Área de Preservação Ambiental (APA) na cabeceira do Rio Cuiabá foi atingida por um incêndio florestal nesse sábado (7). O incêndio já queimou 100 hectares no Parque Sesc Serra Azul, na região de Nobres, a 151 km de Cuiabá, e 10 mil hectares de pastagem em áreas vizinhas.
O fogo destruiu áreas de pasto e de vegetação nativa, indo em direção ao Sesc Serra Azul. No início da manhã de quinta, equipes do Exército, com 22 militares, e da Sema, com dois agentes, reforçaram o efetivo de 14 bombeiros militares e dez brigadistas do Sesc no combate às chamas.
O fogo teve início no domingo (1º), numa área de proteção ambiental e acabou avançando.
As chamas se alastraram rapidamente e também atingiram uma área de pastagem. Por ser uma região de morros e muito acidentada, as equipes que fazem o combate por terra enfrentam dificuldades. Devido às condições do incêndio foi solicitado reforço, que chegou ao local na quinta-feira.
Como o Parque está sobre gerência do Sesc Pantanal, os brigadistas das unidades de Poconé e Barão de Melgaço também estão atuando no combate às chamas.
O Grupo de Aviação Bombeiro Militar (GAvBM) realizou um sobrevoo no início do dia de monitoramento da região a fim de dar continuidade às ações de combate e controle do incêndio florestal que atingem a área de proteção ambiental cabeceiras do Rio Cuiabá e propriedades circunvizinhas.
Durante o sobrevoo foi identificado que um dos focos do incêndio tinha a possibilidade de ultrapassar a estrada, mesmo depois de ter sido alargada.
Apesar da visibilidade estar baixa, devido ao acúmulo de fumaça, foi realizado combate aéreo conciliado com o terrestre para conter o incêndio.
Já no início da tarde, após a melhora da visibilidade, a tripulação do Grupo de Aviação Bombeiro Militar realizou mais um sobrevoo com o intuito de levantar informações para subsidiar a distribuições de equipes em solo e redefinição do planejamento a ser executado.
Após o voo, o comandante do GAvBM empregou as aeronaves de combate em conjunto com as equipes distribuídas em campo para combater uma frente que desceu a serra, atingiu uma grande área de pasto de propriedades rurais, oferecendo risco a animais e residências.
A resposta aérea junto com o trabalho de construção de aceiros contiveram a frente de incêndio principal, minimizando os impactos.
Foram utilizadas 2 aeronaves de combate, 3 veículos auto-rápido florestal, 1 caminhão-tanque para abastecimento de combustível de aeronave, 1 caminhão-pipa com 8 mil litros de água, 2 caminhões com tanque reboque com 3 mil litros, uma estrutura de piscina com capacidade para 15 mil litros de água, 22 militares do Exército e 2 agentes da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), além do apoio das fazendas circunvizinhas. Foram lançadas cerca de 40 mil litros de agentes extintor água.